LUA MÍSTICA, ÁGUAS MÍTICAS
O FEMININO SIMBÓLICO EM O DESPERTAR, DE KATE CHOPIN
DOI:
https://doi.org/10.9771/ell.i73.48229Palavras-chave:
Kate Chopin, O despertar, AfroditeResumo
Kate Chopin rompeu paradigmas com a publicação de O despertar (1899), cujo teor subversivo causou furor na sociedade sulista estadunidense. A partir da epifania do primeiro mergulho no mar, Edna Pontellier desperta para novos impulsos de liberdade e autoafirmação, contestando as limitações femininas no contexto social patriarcal finissecular. Nesse percurso de autorrealização, a heroína abandona os papéis sociais de mãe e esposa para viver para si mesma. Nesse prisma, busca-se, no presente artigo, problematizar a imagética do espaço marítimo como símbolo do feminino, cujo viés mítico evoca a presença da deusa Afrodite. Para tanto, a análise terá como aporte teórico os pressupostos de Jean Chevalier, Alain Gheerbrant e Mircea Eliade sobre a simbologia aquática, as reflexões de Gilbert e Gubar a respeito abordagem mítico-simbólica da narrativa, entre outros autores.
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