A ESTÉTICA ABJETA DE VERONICA STIGGER
DOI:
https://doi.org/10.9771/ell.v1i66.36092Palavras-chave:
Estética abjeta, Literatura brasileira contemporânea, Veronica Stigger.Resumo
A produção literária da escritora Veronica Stigger pode ser considerada pertencente ao que Flora Süssekind (2013) classificou como “objetos verbais não identificados”, ou seja, experimentos literários de difícil classificação por ressaltar um cruzamento de vozes, ruídos e gêneros que se consolida como uma tendência da literatura brasileira contemporânea. Diante dessa literatura que visa a transgredir a norma, este trabalho busca refletir sobre a configuração de uma estética abjeta em Gran cabaret demenzial (2007), por tocar em temas como a deformidade, o monstruoso, a mutilação, a sexualidade e o despedaçamento dos corpos. Baseando-nos, sobretudo, no pensamento de Sigmund Freud e Julia Kristeva, discorreremos sobre o limiar entre o humano, o abjeto e a literatura.