RECONSIDERAÇÕES SOBRE O “ANDAR” NA OBSERVAÇÃO E COMPREENSÃO DO ESPAÇO URBANO
DOI:
https://doi.org/10.9771/ccrh.v18i45.18536Resumo
Este artigo parte de um fato surpreendente: após dezenas de anos, profissionais das ciências sociais, do meio artístico, do urbanismo se encontram para fazer da “marcha coletiva” um instrumento de conhecimento da cidade. De uma prática absolutamente trivial (passear, visita guiada) eles tentam fazer disto um instrumento sistematizado ou ao menos de conhecimento refletido ou de criação, segundo o objetivo visado. Essas convergências levam à interrogações sobre o futuro das cidades e sobre as relações que cada um de nós - intelectuais, artistas, urbanistas ou citadino comum-, mantemos com elas. Apesar da diversidade de formas que a “marcha coletiva” possa tomar, para aqueles que se servem dela com vistas a fazer as pessoas agirem conjuntamente e partilharem uma experiência comum ela permite: mudar o que foi percebido, no momento em que eles percebem e fazer isto no âmbito público.Palavras-chave: marcha coletiva, dupla cognitiva, público, cidade, produção.
ReconsideratIONS ON A “walk” to observe and understand the urban space
Michèle Jolé
This paper is based on a surprising fact. After tens of years, social sciences professionals, urbanists and artists got together to transform the “collective march” into an instrument of knowledge of the city. From a very trivial practice (walk, guided tour), they aim at making a systematized instrument of the knowledge reflected or created, according to the proposed objective. These convergences lead to questionings on the future of the cities and on the relationships that each one of us – intellectuals, artists, urbanists or simple residents of the city establish with them. Despite the diversity of shapes that the “collective march” can assume, for those who use it to make people act together and share a common experience, it enables to change what was perceived at the moment of perception and within the public scope.
Key word: collective march, cognitive pairs, public, city, production.
Reconsidérer la marche pour observer et comprendre l’espace urbain
Michèle Jolé
Cet article part d’un étonnement : depuis une dizaine d’années, les sciences sociales, les milieux artistiques, les milieux professionnels de l’urbanisme se retrouvent pour faire de la marche collective un outil d’exploration de la ville. D’une pratique somme toute banale (promenade, visite guidée...), ils tentent d’en faire un outil systématisé ou tout au moins réfléchi de connaissance ou de création selon l’objectif visé. Ces convergences renvoient aux interrogations plus ou moins heureuses sur le devenir des villes et sur les relations que nous entretenons avec elles, savant, artiste, urbaniste ou citadin ordinaire. Malgré la diversité des formes qu’elle peut prendre, la marche collective pour ceux qui s’en servent a la force de mettre en action des gens ensemble et de leur faire partager une expérience commune: échanger sur ce qu’ils perçoivent au moment où ils le perçoivent et faire public.
Mots-clef: marche collective, couple cognitif, public, ville, oeuvre.
Publicação Online do Caderno CRH: http://www.cadernocrh.ufba.br
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Publicado
2006-08-21
Como Citar
Jolé, M. (2006). RECONSIDERAÇÕES SOBRE O “ANDAR” NA OBSERVAÇÃO E COMPREENSÃO DO ESPAÇO URBANO. Caderno CRH, 18(45). https://doi.org/10.9771/ccrh.v18i45.18536
Edição
Seção
Artigos
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