ESTÉTICA E REPRESENTAÇÃO DA BIXA PRETA NO VIDEOCLIPE XEGAY, DE AGLEI
AESTHETICS AND REPRESENTATION OF THE BLACK BIXA IN THE XEGAY MUSIC VIDEO, BY AGLEI
DOI:
https://doi.org/10.9771/contemporanea.v20i2.45897Resumen
As produções culturais do ocidente estão dialogando cada vez mais intensamente com os debates emergentes em suas formações sociais. No Brasil, as transformações políticas da década de 2010 parecem ter atenuado as aproximações entre arte e política, assim como as mudanças tecnológicas possibilitaram diferentes plataformas para o escoamento da produção de artistas ativistas independentes. Diante disso, traçou-se como objetivo analisar o videoclipe Xegay (2021), o qual aborda questões acerca das dissidências de gênero, sexualidade, raça e território, numa espécie de manifesto audiovisual da multiartista Aglei. A análise aponta o modo como a representação e estetização da obra são constituintes de uma transformação nos modos de ver a negritude bixa, compreendendo tal movimentação como uma ação transgressora, a qual acionará a filosofia da espiritualidade afrobrasileira e o empoderamento do corpo bixa como resposta aos discursos racistas e homofóbicos.
Descargas
Citas
BRASILEIRO, Castiel Vitorino. In: ROCHA, Rízzia; DANTAS, Luís Thiago. Entrevista com a artista castiel
vitorino, autora da obra “corpo-flor”, imagem de capa do dossiê estética africana. Artefilosofia, Ouro
Preto, MG, v. 15, n. 28, p. 233-238, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufop.br/index.php/raf/
article/view/4170/3224/article/view/4170/3224. Acesso em: 2 jul. 2021.
ESTEVAM, Aleson Lima Gomes; GERALDES, Elen. Vogue, logo, existo: A comunicação políticacorporificada
da Ballroom. Anagrama, São Paulo, v. 15, n. 1, 2021. Disponível em: www.revistas.usp.
br/anagrama/article/view/186046/173478. Acesso em: 26 ago. 2021.
HOOKS, bell. Olhares negros: raça e representação. São Paulo: Editora Elefante, 2019.
JANOTTI JR, Jeder; ALCANTARA, João André. O videoclipe na era pós-televisiva: questões de gênero
e categorias musicais nas obras de Daniel Peixoto e Johnny Hooker. Curitiba: Appris: Livraria Eireli-ME,
ODA, Pamela Zacharias Sanches. Vide o clipe: forças e sensações no caos. 2011. Dissertação (Mestrado
em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2011.
Disponível em: www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/251228. Acesso em: 18 ago. 2018.
OLIVEIRA, Megg Rayara Gomes de. Nem o centro, nem a margem: o lugar da bicha preta na história e
na sociedade brasileira. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL ENLAÇANDO SEXUALIDADES., 5., 2017, Salvador.
Anais [...]. Salvador: UNEB, 2017. Disponível em: www.editorarealize.com.br/index.php/artigo/
visualizar/31495. Acesso em: 20 ago. 2021.
OLIVEIRA, Megg Rayara Gomes de. O diabo em forma de gente: (r)existências de gays afeminados,
viados e bichas pretas na educação. 2017. 2017. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal
do Paraná, Curitiba, 2017.
PINHO, Osmundo. Qual é a identidade do homem negro? Democracia Viva, [s. l.], n. 22, 2004.
Disponível em: www.academia.edu/1420907/Qual_%C3%A9_a_identidade_do_homem_negro. Acesso
em: 27 ago. 2021.
PRANDI, Reginaldo. Pombagira dos Candomblés e as faces inconfessas do Brasil. In: PRANDI, Reginaldo.
Herdeiras do axé. São Paulo: Hucitec, 1996. cap. 4, p. 139-164. Disponível em: http://anpocs.com/
images/stories/RBCS/26/rbcs26_07.pdf. Acesso em: 17 ago. 2020.
SÁEZ, Javier; CARRASCOSA, Sexo. Pelo cu: políticas anais. Belo Horizonte: Letramento, 2016.
SÀLÁMÌ, Síkírù (king). Exu e a ordem do universo. São Paulo: Editora Oduduwa, 2011.
VEIGA, Lucas. Além de preto é gay: as diásporas da bixa preta. In: RESTIER, Henrique; MALUNGO, Rolf.
Diálogos contemporâneos sobre homens negros e masculinidade. São Paulo: Ciclo Contínuo, 2019.
XEGAY. Direção: Aglei e Maria Mango. Salvador, 2021. Publicado pelo canal Agley. Disponível em:
https://youtu.be/cmnMLwHxpGA. Acesso em: 27 out. 2021.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Valéria Amim, Vinícius Teófilo da Silva Santos
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-CompartirIgual 4.0.
Os autores que publicam nessa revista devem concordar com os seguintes termos relativos aos Direitos Autorais:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista Contemporanea e à Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.