As imagens de Dilma Roussef da ditadura civil-militar ao impedimento // Images of Dilma Roussef from civil-military dictatorship to impeachment

Autores

  • Ana Carolina Lima Santos

DOI:

https://doi.org/10.9771/contemporanea.v18i1.23123

Palavras-chave:

Fotografia, memória, temporalidades.

Resumo

A fotografia, entendida em seu valor de testemunho histórico e em sua potência poética, pode comportar leituras distintas dos fatos, de como eles foram e de como poderiam ter sido. O presente artigo investiga de que modo essas duas facetas se apresentaram em imagens de Dilma Rousseff feitas na ditadura civil-militar e reapropriadas durante a campanha eleitoral de 2014 e a luta contra o impedimento de 2016. Por meio da análise do processo de transmutação de sentido e de adequação memorialista por qual passaram essas imagens, avalia-se as implicações da mudança de temporalidade que as permeou, posto que, recompostas e ressignificadas, as fotos já não aludiam mais a um passado dado e se configuravam como materializações de uma instância simbólica que apontava para o futuro, para certo horizonte de expectativas. Além disso, tenta-se explicitar como, ao propor comparações entre passado e presente, as imagens inadvertidamente ajudaram a sabotar o amanhã por elas almejado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Carolina Lima Santos

Professora do curso de Jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Ouro Preto. Pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutora em Comunicação pela Universidade Federal de Minas Gerais e mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia.

Downloads

Publicado

2020-09-29

Edição

Seção

Artigos