VOLTAR E RECOLHER O QUE FICOU PARA TRÁS:
BLACK IS KING E A NÃO PRECARIEDADE NAS IMAGENS DA NEGRITUDE
DOI:
https://doi.org/10.9771/contemporanea.v19i3.45670Palabras clave:
Black Is King, negritude, Sankofa, tempo espiralar, maternidadeResumen
Refletimos sobre as construções de sentido presentes na obra Black Is King, de Beyoncé, que ativam a ideia de uma África reimaginada e fabulada. Ao apresentar elementos positivos relacionados aos conceitos de negro e de negritude, o filme rompe com imagens de controle ocidentais sobre pessoas racializadas, mostrando-as de outras formas, como nas performances da gravidez e da maternidade presentes na produção. Em narrativa não-linear e pouco comum na chamada cultura mainstream, Black Is King resgata o passado em uma atitude como a do pássaro sankofa, que volta para buscar o que é seu. O filme se desenrola em imagens, canções e histórias que evocam uma visão do tempo em espiral, que volta e vem, reinventando um passado roubado e propondo, no presente, outros lugares e imaginários para corpos negros.
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