BAMAKO E A TAREFA POLÍTICA DO CINEMA: A CENA DO TRIBUNAL E A PALAVRA EM DISPUTA
BAMAKO AND THE POLITICAL TASK OF CINEMA: THE COURT SCENE AND THE WORD IN DISPUTE
DOI:
https://doi.org/10.9771/contemporanea.v20i2.45660Palavras-chave:
Bamako, Estética, PolíticaResumo
Por meio de uma análise de Bamako (2006), buscamos investigar a possibilidade de reparação histórica de povos explorados e negligenciados através da escritura fílmica. O filme se passa na cidade homônima, na qual se instaura um julgamento ficcional. O que está em jogo são medidas legais da sociedade africana contra o Banco Mundial e o FMI. Tomamos como referência o pensamento de Jacques Rancière (1996), para quem a política é o conflito em torno da existência de uma cena comum. De maneira próxima àquilo que postula Rancière, o gesto de Sissako é o de colocar em disputa a possibilidade de que o povo africano seja ouvido por grandes instituições opressoras que cobram uma dívida.
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