A trama de um furto

poder senhorial e estratégias de liberdade (Bahia, 1864)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/aa.v0i66.48569

Palavras-chave:

Escravidão, Liberdade, Furto, Poder senhorial, Polícia

Resumo

O presente artigo analisa a trama originada pelo furto de uma carteira que pertencia a Franklin Dória, um promotor da cidade de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, em 1864. O principal suspeito, Lúcio, era escravizado da tia do promotor, tendo supostamente confiado a quantia subtraída – um conto e oitocentos mil réis – à sua própria tia, Petronilla, que teria usado o dinheiro para se alforriar, adquirir tecidos, joias em ouro e para agradar o seu amásio, Piranduba, um calafate livre apontado como cúmplice do delito. A pesquisa que segue, portanto, mostra como esse furto pode revelar os limites e fragilidades da política de domínio senhorial, evidenciando a agência das pessoas escravizadas. Para tanto, foram consultados: cartas íntimas, a literatura, um livro de memória, um inventário, relatos de viajantes, depoimentos, registros policiais, processos-crime, petições, legislações e assentamento de batismo.

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Biografia do Autor

Itan Cruz, Universidade Federal da Bahia

Doutorado em História pela Universidade Federal da Bahia, Brasil (2022).

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Publicado

2022-12-31

Como Citar

CRUZ, I. A trama de um furto: poder senhorial e estratégias de liberdade (Bahia, 1864). Afro-Ásia, Salvador, n. 66, p. 208–239, 2022. DOI: 10.9771/aa.v0i66.48569. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/48569. Acesso em: 16 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos