A linha do horizonte: uma metáfora mal-resolvida dos africanos no filme Chocolat de Claire Denis

Autores

  • Olubunmi O. Ashaolu PhD Department of Foreign Languages, Obafemi Awolowo University. Nigeria

DOI:

https://doi.org/10.9771/aa.v0i58.22119

Resumo

No filme Chocolat, de Claire Denis (1989), os colonizadores fazem alusão constante a uma linha do horizonte aparentemente banal; um discurso que corrobora as complexidades do poder paralelo e a singularidade cultural entre os africanos e os colonizadores/ocidentais. Este trabalho argumenta que a inter-relação colonial de europeus e africanos se incorpora na alusão do filme à linha do horizonte, uma metáfora, com o seu fim visível mas restritivo, inacessível e inexistente. Por um lado, a linha do horizonte significa um lamento da apreciação interna de autocondenação do colonizador — uma característica raramente percebida no discurso do colonizador. Por outro, a linha do horizonte simboliza a pouca profundidade dos colonizadores, o que sugere suas limitações e sua incompetência na tentativa de sustentar o poder colonial. Pela sua insensibilidade e seu desinteresse em procurar conhecer os africanos como seres com quem se podia contar, os colonizadores/ocidentais acabaram não descobrindo, nem dominando completamente, os africanos. A nossa tese é a de que a linha do horizonte motiva uma inadequação que representa a inadequação e a incapacidade dos ocidentais para compreender a personalidade dos africanos.

Palavras-chave: colonizador/ocidental - poder - conhecimento - ilusão - africanos.

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Publicado

2018-09-05

Como Citar

ASHAOLU, O. O. A linha do horizonte: uma metáfora mal-resolvida dos africanos no filme Chocolat de Claire Denis. Afro-Ásia, Salvador, n. 58, 2018. DOI: 10.9771/aa.v0i58.22119. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/22119. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos