Memórias do cativeiro, jongo e cidadania em Pinheiral
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i58.21420Palavras-chave:
Jongo, escravidão, memoria, ação afirmativa, tradição.Resumo
O território jongueiro de Pinheiral é conhecido em todo o Brasil pelo seu jongo e pelas atividades socioeducativas que buscam preservar e transmitir as tradições afro-brasileiras dos habitantes dessa cidade, além de trabalhar a autoestima de jovens e adultos. A memória do tempo do cativeiro na cidade de Pinheiral vem sendo construída pelas lideranças jongueiras a partir da seleção e da valorização de certos elementos, sendo utilizada como uma ferramenta para combater a exclusão social, desenvolver uma nova identidade performativa e estratégias políticas e sociais que busquem garantir os direitos políticos e o acesso a políticas de reparação. Para que isso aconteça, a escravidão é constantemente redefinida e ressemantizada, tornando-se uma fonte de orgulho para os descendentes dos escravizados. O jongo é o ponto de partida para que todas essas ações ocorram. Os jongueiros de Pinheiral conseguiram organizar um ponto de cultura no qual montaram uma estrutura que lhes permite realizar seus projetos.
Palavras-chave: Jongo - escravidão - memória - ação afirmativa - tradição.
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