Maria Duas Tranças and the Itaoca Weeping Rooster
Image, Catimbó, and Macumba in Fortaleza in The Beginning of the 40s
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i65.43991Keywords:
Image, Newspapers, Afro-Indigenous religions, CatimbóAbstract
A photograph published in the newspaper O Estado in the city of Fortaleza on April 1, 1941, shows Maria Duas Tranças standing with religious objects that were seized by the Departamento de Ordem Política e Social (Department of Political and Social Order – D.O.P.S) as criminal evidence of the practice of catimbó. In the picture, Maria is pointing to a newspaper on the table. The photo’s caption provides clues about the reasons for her gesture: “The ceremonial instruments and an edition of the ‘Gazeta’ that reported on the weeping rooster of Itaoca are separated”. That was the front page of the newspaper Gazeta de Notícias, which reported on a series of “demonic apparitions” that took place days before in a neighborhood located 8 km away from the place where Maria was arrested. In this article I analyze how this image produced connections between the two events, also seeking to contribute to studies of Afro-Indigenous religions in Ceará and to the publication of images produced by the local press.
Downloads
References
Ana García Varas (org.), Filosofía de la imagen, Salamanca: Universidad de Salamanca, 2012.
Arthur Valle, “‘Blitzkrieg contra a Macumba’: repressão policial e arte sacra afrobrasileira no Rio de Janeiro em 1941”, Apresentação de trabalho no 40º Colóqui do Comitê Brasileiro de História da Arte (2020a), p. 8.
Arthur Valle, “Mapeando o sagrado: arte sacra e locais de culto afrobrasileiros em notícias sobre repressão policial no Rio de Janeiro, 1890-1941”, Revista de História da Arte e Arqueologia, v. 1 (2020b), p. 5-29.
Armando Pinheiro Neto, “De curral da fome a campo santo: o campo de concentração de retirantes na seca de 1915 em Fortaleza”, Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014, http://www.unirio.br/cch/escoladehistoria/pos-graduacao/ppgh/dissertacao_armando-p-neto.
Asbjørn Grønstad e Øyvind Vågnes, “An interview with WJT Mitchell”, Image & Narrative, v. 15 (2006).
Dilaine Soares Sampaio, “Catimbó e Jurema: uma recuperação e uma análise dos olhares pioneiros”, Debates do NER, v. 2, n. 30 (2016), p. 151-194.
Emerson Giumbelli, “O ‘baixo espiritismo’ e a história dos cultos mediúnicos”, Horizontes Antropológicos, ano 9, n. 19 (2003), p. 247-281.
Erick Assis de Araújo, Nos labirintos da cidade: Estado Novo e o cotidiano das classes populares em Fortaleza, Fortaleza: INESP, 2007.
Francisco das Chagas Fernandes Santiago Júnior, “A virada e a imagem: história teórica do pictorial/iconic/visual turn e suas implicações para as humanidades”, Anais do Museu Paulista: Estudos de Cultura Material, v. 27 (2019), pp. 1-51.
Frederico de Castro Neves, “Curral dos Bárbaros: os campos de concentração no Ceará (1915 e 1932)”, Revista Brasileira de História, v. 15, n. 29 (1995), p. 93-122.
Gottfried Boehm, “Aquilo que se mostra. Sobre a diferença icônica” in Emmanuel Alloa (org.), Pensar a imagem, (Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015), pp. 23-38.
Gilmar de Carvalho, A televisão no Ceará (1959 / 1966), Fortaleza: Expressão Gráfica, 2010.
Gisafran Nazareno Mota Jucá, Verso e reverso do perfil urbano de Fortaleza, 1945-1960. Fortaleza: Annablume, 2000.
Ismael Pordeus Júnior, Umbanda: Ceará em transe, Fortaleza: Museu do Ceará, Expressão Gráfica e Editora, 2011.
Jair Antonio de Oliveira, “É sério?! O Humor no Jornalismo”, DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, v. 32, n. 3 (2016), p. 735-747.
Kênia Souza Rios, Isolamento e poder: Fortaleza e os campos de concentração na seca de 1932, Fortaleza: Imprensa universitária, 2014.
Linconly Jesus Alencar Pereira e Maria Zelma de Araújo Madeira. “A construção social da macumba cearense: perseguição e resitência”. Anais do I Encontro Nacional do Núcleo de História e Memória da Educação (2012), pp. 1540-1553.
Marcos José Diniz Silva, “‘A praga dos catimbós em Fortaleza’ e a legitimação do Espiritismo no campo religioso cearense” Revista Brasileira de História das Religiões, v. 10, n. 28 (2017), p. 25-42.
Maria Luiza Tucci Carneiro, “O Estado Novo, o Dops e a ideologia da segurança nacional” in Repensando o Estado Novo. (Rio de Janeiro: FGV, 1999), p. 327-340.
Natália Eunice Paiva Moreira, “Que bons ventos o trazem? O cão da Itaoca na Fortaleza dos anos 1940”, Trabalho de Conclusão ( Graduação em Comunicação Social), Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2006.
Raimundo Nonato Ximenes, De Pirocaia a Montese: fragmentos históricos, Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2004, pp. 96-98.
Ricardo Albuquerque. (org.), Iconografia do cangaço, São Paulo: Terceira Nome, 2012.
Roger Bastide, “Catimbó” in Reginaldo Prandi (org.), Encantaria Brasileira: o livro dos Mestres, Cabocloes e Encantados, (Rio de Janeiro: Pallas, 2011), p. 146-159.
Ronaldo de Almeida, A Igreja Universal e seus demônios: um estudo etnográfico, São Paulo: Terceiro Nome, 2009.
Sandra Sofia Machado Koutsoukos, Negros no Estúdio do Fotógrafo. Campinas: Editora da UNICAMP, 2010, pp. 221-255.
S. G. Salles, “O catimbó nordestino: as mesas de cura de ontem e de hoje”, Revista de Teologia e Ciências da Religião da Unicap, v. 9, n. 2 (2010), pp. 85-105.
Sylvie Dion, “O ‘fait divers’como gênero narrativo”, Letras, n. 34 (2007), p. 123-131.
Tânia Regina de Luca, “História dos, nos e por meio dos periódicos” in Carla Bassanezi Pinsky (org.), Fontes Históricas, (São Paulo: Contexto, 2005), pp. 111-153.
W. J. Thomas Mitchell, Picture theory: Essays on verbal and visual representation. Chicago: University of Chicago Press, 1995, pp.35-82.
Yvonne Maggie, Medo do feitiço: relações entre magia e poder no Brasil, Rio de janeiro: Arquivo Nacional, 1992.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Leonardo Oliveira de Almeida
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
You are entitled to freely share, adapt and use the work herein published for any legitimate purpose as long as authorship and the original source are acknowledged.