Maria Duas Tranças e o galo chorão da Itaoca

imagem, catimbó e macumba em Fortaleza no início da década de 1940

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/aa.v0i65.43991

Palavras-chave:

Imagem, Jornais, Religiões afro-indígenas, Catimbó

Resumo

Uma imagem publicada no jornal fortalezense O Estado, de 1º de abril de 1941, mostra Maria Duas Tranças entre os objetos religiosos apreendidos pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), como evidências criminais da prática do catimbó. Com os dedos, Maria aponta para um jornal sobre a mesa. Uma pista sobre os motivos de tal exposição pode ser vista na legenda da imagem: “Separa-se os instrumentos cerimoniais e uma edição da ‘Gazeta’ que falava do galo chorão da Itaoca.” Trata-se da primeira página do jornal Gazeta de Notícias, que falava sobre uma série de “aparições demoníacas” ocorridas dias antes, em um bairro situado a 8km do local onde Maria havia sido presa. Neste artigo, analiso como a imagem em questão produziu conexões entre os dois eventos mencionados e busco trazer contribuições aos estudos sobre as religiões afro-indígenas no Ceará e sobre a publicação de imagens dessas religiões na imprensa.

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Biografia do Autor

Leonardo Oliveira de Almeida, Universidade Federal do Ceará

Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (sanduíche) e Utrecht University (Utrecht - Holanda). Pesquisador DCR – CNPq/FUNCP, bolsista vinculado ao PPG de Antropologia da Universidade Federal do Ceará. 

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Publicado

2022-06-19

Como Citar

ALMEIDA, L. O. de. Maria Duas Tranças e o galo chorão da Itaoca: imagem, catimbó e macumba em Fortaleza no início da década de 1940. Afro-Ásia, Salvador, n. 65, p. 479–518, 2022. DOI: 10.9771/aa.v0i65.43991. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/43991. Acesso em: 20 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos