A espetacularização do sofrimento dos outros pelas fotografias da hanseníase na África da primeira metade do século XX

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/aa.v0i64.43002

Palavras-chave:

África, Hanseníase, Fotografias, Propaganda, Colonialismo

Resumo

Na iconografia colonial sobre a África, há um conjunto heteróclito de fotografias sobre “corpos enfermos”. A fotografia foi um recurso visual eficiente para justificar ideologicamente a “missão civilizatória” de um colonialismo autoproclamado “altruísta” e “científico”. A análise de fotografias sobre a hanseníase no continente africano na primeira metade do século XX permite deslindar a relação entre a construção imagética de uma “África leprosa” e a coalescência de interesses de missionários, médicos e demais autoridades coloniais. Com base em imagens de arquivos estrangeiros, o estudo aborda a visualidade de uma representação negativa da alteridade africana, para a qual a fotografia emprestou sua “objetividade” e concorreu para a espetacularização do sofrimento dos outros.

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Biografia do Autor

Silvio Marcus de Souza Correa, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutorado em Sociologia pela Westfälische-Wilhelms-Universität Münster (Alemanha). Professor Associado III da   Universidade Federal de Santa Catarina.

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Publicado

2021-11-29

Como Citar

CORREA, S. M. de S. A espetacularização do sofrimento dos outros pelas fotografias da hanseníase na África da primeira metade do século XX. Afro-Ásia, Salvador, n. 64, p. 140–182, 2021. DOI: 10.9771/aa.v0i64.43002. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/43002. Acesso em: 5 dez. 2024.

Edição

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