Biopolítica e o melhoramento genético: uma reflexão na sociedade biotecnológica
DOI:
https://doi.org/10.9771/rbda.v13i1.26183Resumo
O presente estudo tem por escopo a análise e reflexão da temática de poder apresentada pelo filósofo Paul-Michel Foucault mormente das ideias de anátomo-política do corpo e biopolítica da espécie, as quais perfazem os mecanismos de poder postos em prática pelo Estado moderno que visa à constituição e controle dos indivíduos e da própria população. O material genético humano perfaz elemento do corpo e pode revelar aspectos da intimidade, da capacidade
e características dos indivíduos, por isso, atualmente, é tão importante. As pesquisas genéticas e genômicas visam antever, aferir e gerir riscos tanto aos indivíduos isoladamente, como a certos grupos. Elas possibilitam, também, o melhoramento da saúde das populações e, por conseguinte, a minimização dos
riscos tanto ao Estado, como aos empregadores e aos seguros. Assim, como a riqueza de uma nação está atrelada diretamente à capacidade de governança da população e ao investimento no capital humano, cada vez mais as iniciativas públicas e privadas têm se interessado pelo controle efetivo e contínuo sobre a vida e o modo de existência dos indivíduos. Visando avaliar a relação existente entre a biopolítica e as técnicas de melhoramento genético existentes na sociedade biotecnológica, necessário se faz um estudo a respeito da temática de poder apresentada por Michel Foucault, de biopolítica na visão do filósofo Giorgio Agamben e dos riscos e benefícios do emprego dessas tecnologias na busca de se auferir o papel da ciência e da tecnologia na sociedade contemporânea. Empregam-se o método dedutivo, pesquisa bibliográfica e legislativa.
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