O MITO NA CARNE: A DESFIGURAÇÃO E RECONFIGURAÇÃO DOS ANIMAIS DE PRODUÇÃO PELA LINGUAGEM
DOI:
https://doi.org/10.9771/rbda.v5i7.11046Resumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre a dinâmica dedesfiguração e reconfiguração dos animais de produção dentro do
universo verbal, buscando apontar suas representações históricas
como construções ideológicas naturalizadas por discursos social
e economicamente hegemônicos. Para tanto, dedicar-nos-emos a
duas esferas de pesquisa: adialética interna de articulação entre um
significante e um significado e a distorção do signo dela resultante
Esse duplo movimento se dá a partir da tensão entre fala e silêncio, e
tem como resultado a transformação do bicho enquanto ser singular
em um conceito generalizado, desde o nível mais primário da formação
do conceito até sua utilização pela publicidade. O fetichismo do
animal como mercadoria liga-se, portanto, a uma alienação primeira
da linguagem. Para aprofundarmo-nos nessas questões, guiaremonos
pelo pensamento de dois teóricos da linguagem, fortemente
influenciados pela doutrina marxista Mikhail Bakhtin e Roland
Barthes. Contaremos também com a contribuição de autores ligados
à causa animal, como Florence Burgat e Elizabeth de Fontenay. Por
fim para situarmos o imaginário brasileiro dentro dessa construção
teórica, analisaremos um corpus de dez comerciais de produtos da
Sadia dentro da campanha "A vida com S é mais gostosa".
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