Pensar o animal
DOI:
https://doi.org/10.9771/rbda.v3i4.10455Resumo
O homem antigo percebia os animais como seres dotados deuma determinada dignidade ontológica. Para ele, esses seres possuíam,
além de uma qualidade estética superior, faculdades cognitivas e
sensitivas extremamente aguçadas como por exemplo uma capacidade
de observação e de previsão que nós homens estamos longe de possuir.
A consolidação do monoteísmo significa uma estagnação na concepção
dos direitos dos animais. Nele, de forma contrária ao que ocorria dentro
da visão religiosa pagã, a natureza vem sofrendo um longo processo de
dessacralização. Em conseqüência, categoricamente, impõe-se um abismo
entre o mundo dos homens e o mundo dos animais. Fundado no
pensamento cristão e no cartesianismo, o Capitalismo, em sua fase
industrial, ratifica esse entendimento, reduzindo o animal a pura matéria
prima, objeto de consumo como outro qualquer na produção desenfreada
de mercadorias. A ciência também é impregnada por essa ideologia,
sendo totalmente insensível aos anseios dos animais. Porém alguns
filósofos e estudiosos, alicerçados na atual etologia, vêm desenvolvendo
pesquisas que reconsideram os animais como objeto positivo de reflexão,
as quais estão trazendo resultados significativos no estudo do
comportamento animal. Essa parece ser uma esperança de no futuro a
humanidade estar mais próxima daquela forma de se pensar o animal.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamentodo trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.