Jesuítas: entre a fidelidade ao rei e o projeto inaciano. Conflitos políticos e disputas econômicas: o caso da revolução dos comuneros (Paraguai 1721-1735)
DOI:
https://doi.org/10.9771/rvh.v4i1.48841Parole chiave:
Jesuítas, Estado, Práticas, Revolução dos ComunerosAbstract
: O presente trabalho tem por objetivo discutir e flexibilizar, a partir do olhar dos conceitos da Nova História Política, duas afirmativas recorrentes e opostas sobre a prática jesuítica. A primeira, alardeada pelos jesuítas e seus defensores, é a que teriam
sido, sempre, apoiadores obedientes dos monarcas a quem serviam sob padroado. A segunda, geralmente defendida por seus acusadores, é que de maneira geral, nunca apoiaram de fato os projetos monárquicos a que estiveram ligados, os tendo somente
utilizado como meio parta atingir seus objetivos de enriquecimento e concentração de poder. As análises e proposições que compõe este artigo, são embasadas teórica e metodologicamente nos princípios do contextualismo lingüístico de Quentin Skiner, e nos conceitos de tática e estratégia de Michel de Certeau. Objetivamos, portanto, através de uma análise geral das práticas jesuíticas, e especificamente sobre o caso da Revolução dos Comuneros ( Paraguai, 1721-1735), pensar uma forma alternativa, e
talvez mediadora, às duas hipóteses historiográficas consagradas sobre a atuação da Companhia de Jesus .