A estação como lugar da sensibilidade na canção de Robert Johnson

Auteurs

  • Rui Gonçalves Santos Júnior Universidade Federal de Goiás Regional Catalão

DOI :

https://doi.org/10.9771/rvh.v11i1.47906

Mots-clés :

Blues, Ferrovia, Modernidade

Résumé

O objetivo deste artigo é tratar da relação entre o blues e a modernidade, a partir da ferrovia, por meio das canções de Robert Johnson no início do século XX. Este cantor é uma das mais celebradas figuras na história do blues. Não considerando o fato de que ele morreu quando tinha apenas 27 anos, o seu impacto na cultura do blues e na própria mitologia deste gênero musical, tanto quanto a sua influência no desenvolvimento no estilo da guitarra do blues, foi no mínimo substancial para inscrever este estilo musical como um dos mais importantes ao longo do tempo. Pretendo, por meio de suas canções, revelar que a relação entre o blues e a ferrovia é ampla, complexa e de uma profunda sensibilidade. Assim o blues e os trilhos ferroviários se fundem em um aspecto único e próprio. Esta relação pode também ser vista como uma metáfora da modernidade, pois a ferrovia possibilita às pessoas, no período, começarem a se deslocar, umas partindo, indo embora e outras chegando, aumentando assim a prática de uma vida social e consequentemente um aumento na intensidade e na efemeridade das relações humanas.

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Publiée

2018-08-04