Reconstrução do passado e influência midiática: o século XIX pela narrativa de Bioshock Infinite

Autores

  • Gustavo Silveira Ribeiro Universidade Federal de Pelotas
  • Rafael de Moura Pernas Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.9771/rvh.v9i2.48022

Palavras-chave:

Reconstrução do Passado, Cultura da Mídia, Jogos Eletrônicos

Resumo

A noção de passado é comumente vista como o axioma para a produção histórica. Contudo, basta apenas uma análise mais aprofundada que podemos descobrir alguns problemas acerca de sua existência objetiva (COLLINGWOOD, 1928). Talvez a sua maior inquietação é o fato de que as realidades anteriores à nossa só são acessíveis pelo nosso presente, isto é, apenas existem no momento em que são construídas (LOWENTHAL, 1998). Em tal perspectiva, como podemos pensar a reconstrução do passado frente ao advento do computador (DE CERTAU, 2012); a interatividade (CHARTIER, 2010) e a hipercomunicação (GUMBRECHT, 2015)? Partindo de tal problemática, propomos uma análise de como a narrativa do jogo eletrônico Bioshock Infinite (2013) realiza sua (re)construção histórica sendo ambientado no século XIX, além de avaliar seu impacto e influência midiática (KELLNER, 2001).

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Referências

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Publicado

2016-12-29