A Dimensão Feminina da Pobreza

A ABORDAGEM DE GÊNERO DA VULNERABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA NO BRASIL SOB A PERSPECTIVA DAS FAMÍLIAS MONOPARENTAIS.

Resumo

Tendo em vista a desigualdade social no Brasil, a seguinte pesquisa se debruça especialmente ao enfoque na pobreza associada à problemática de gênero, ou seja, acera da – suposta – dimensão feminina da pobreza. Isto é: investiga-se o tema da miserabilidade econômico-financeira como mais uma possível camada da vulnerabilidade feminina. Através do método exploratório pela revisão bibliográfica, associando tanto pesquisas de cunho qualitativo quanto quantitativo – para suprir as demandas de análises subjetivas e objetivas – pretende-se à hipótese de que a desigualdade de gênero afeta negativamente as mulheres também à nível de escassez de recursos. Teriam as mulheres a sua independência cerceada nesse sentido, tanto no que tange às suas possibilidades de ganhos, quanto de gestão dos seus recursos. A dedicação a um estudo mais detalhado sobre mais esta camada da vulnerabilização das mulheres, através da multidisciplinariedade inclusive, há de fornecer um novo olhar sobre a desigualdade de gênero, ao passo que demonstra a pluralidade de maneiras que a estrutura sexista enraizada na sociedade é capaz de afetar suas vítimas. Deste modo, vislumbra-se uma base mais robusta no sentido acadêmico para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas ao combate à pobreza e também à desigualdade de gênero. O resultado obtido para contribuição confirma que a pobreza tem uma face feminina sobretudo por estar ligada à monoparentalidade, que é majoritariamente exercida pelas mulheres. Como consequência da imposição do papel social com relação à função de cuidado a elas especialmente destinada, surgem inevitáveis implicações – ou melhor – prejuízos financeiros.