<b> Deslocamentos ontológicos: multissensorialidade e corporalização na terceira onda das interfaces digitais</b><br />[Andrea Davidson. Tradução: Maria Albertina Silva Grebler, Diego Pizarro]
DOI :
https://doi.org/10.9771/r.v0i28.24995Résumé
Resumo:
Através do exame da ontologia e do lugar da dança digital no espectro da expressão coreográfica contemporânea, este artigo se propõe a considerar a interação e o agenciamento do interoceptivo (somático) e do exteroceptivo (tecnológico) na terceira onda das interfaces digitais para a dança. Ele argumenta que uma ontologia da dança digital pode ser qualificada sumariamente como um modo ativo de experiência sensório-perceptiva capaz de revelar novas dimensões da recepção estética, modos de performatividade e expressões da presença corporal na dança que emergem com/através do corpo mediado. Ele não considera a tecnologia como estrangeira, como um agenciamento autônomo, um sistema ou uma simples ferramenta, mas sim como um meio de estimular a consciência sensória expandida e forjar relações com a experiência corporal somática (interna) do indivíduo. Referindo-se a uma série de trabalhos recentes que estabelecem as condições para tais experiências, considera ainda de que forma os trabalhos digitais desenvolvem e enfatizam a perspectiva como uma estratégia dramatúrgica e estética e, consequentemente, como as novas interfaces de mídia para a dança podem ser consideradas “novos dispositivos de ver-sentir”.
Palavras-chave: Dança digital. Corporalização. Performance interativa. Cognição corporalizada. Novos dispositivos de ver-sentir.
ONTOLOGICAL SHIFTS: MULTI-SENSORIALITY AND EMBODIMENT IN A THIRD WAVE OF DIGITAL INTERFACES
Abstract:
Examining the ontology and place of digital dance within the spectrum of contemporary choreographic expression, this article proposes to consider the interweaving of interoceptive (somatic) and exteroceptive (technological) agency in a third wave of digital interfaces for dance. It argues that an ontology of digital dance might be summarily qualified as an active sensory-perceptual mode of experiencing, capable of revealing new dimensions of aesthetic reception, modes of performativity and expressions of corporeal presence in dance that emerge with/through the mediated body. It views technology not as a foreign, autonomous agency, system or simple tool, but rather as a means of stimulating heightened sensory awareness and forging relations with the individual’s somatic (inner) bodily experience. While referencing a range of recent works that establish the conditions for such experiences, it further proposes to consider how digital works develop and underscore perspective as a dramaturgical strategy and aesthetic, and as a consequence, how new media interfaces for dance can be considered ‘new viewing-sensing device’.
Keywords: Digital dance. Embodiment. Embodied cognition. Interactive performance. New viewing-sensing devices.
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