ORIGENS MÍTICAS: CIRCE, CIRCO E ASPIRAÇÕES FORMATIVAS
DOI:
https://doi.org/10.9771/r.v1i35.35778Palavras-chave:
Circo, Mitologia Grega, Corpo, Arte, EducaçãoResumo
O objetivo deste ensaio é apresentar uma das origens míticas do circo e debater como ela nos incita a refletir sobre os processos formativos com esta arte. O ponto de partida da pesquisa recorre à fortuna crítica do tema e nos inclina a um movimento que desestima a positividade da razão em favor do impulso do mito. Em linhas gerais, resgatamos o mito de Circe presente na Odisseia de Homero (século VII a.C.) e fragmentos do De Spectaculis, de Tertuliano (século II). Numa passagem homérica em que os marujos são metamorfoseados em animais, segundo sua natureza e índole, propomos a interpretação desta animalidade como uma condição demasiada humana, em sentido nietzschiano. Interpolando com nosso presente, ideamos que essa animalidade pode aludir a um processo de formação circense que valorize o corpo encarnado, em suas potências e impulsos, em suma, uma alternativa ao racionalismo ensimesmado, que assola artes e técnicas, obliterando potências como a do mito.
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