Fala negra: pode um trabalho vocal tornar-se um ato político?

Autores

  • Celina Nunes de Alcântara Universidade Federal do RS

DOI:

https://doi.org/10.9771/r.v10i30.25057

Palavras-chave:

ancestralidade, negritude, corpo, voz, pratica teatral

Resumo

 

RESUMO - Este texto analisa uma proposição de trabalho vocal para teatro, utilizando-a para discutir a potência das práticas políticas. Com efeito, problematiza-se a noção de corpo-voz como prática política, não apenas no sentido da temática, do que é efetivamente dito, mas também na relação com as noções de palavras praticadas e de corpo que fala a partir de sua existência-inscrição e, mesmo, de sua inserção em determinados espaços de saber e poder. Para tanto, faz-se uso dos conceitos como negritude, ancestralidade, corpóreo vocal, a partir da interlocução com autores como Aimeé Cesaire, Carlos Moore, Eduardo David de Oliveira, Michel Foucault. Tal discussão foi empreendida com base nas práticas realizadas em uma disciplina, num curso de graduação em teatro, numa universidade pública brasileira.  Nesse sentido, a pesquisadora traça um percurso desde os seus cultivos corpóreo vocais de mulher negra até componentes de uma formação universitária teatral como aluna e, depois, como professora pesquisadora. Enfim, delineia-se a ideia de uma constituição vocal como algo para além das fronteiras da própria prática teatral, ainda que tomando esses lócus como fonte de experimentação e análise.

 

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Biografia do Autor

Celina Nunes de Alcântara, Universidade Federal do RS

 Celina Alcântara é Professora Adjunta no Departamento de Arte Dramática e no PPGAC ambos do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Na Graduação trabalho com as disciplinas de Corpo e Voz e Atuação. No PPGAC atua na linha de pesquisa Processos de criação cênica

 

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Publicado

2018-12-21

Como Citar

de Alcântara, C. N. (2018). Fala negra: pode um trabalho vocal tornar-se um ato político?. Repertório, 1(30). https://doi.org/10.9771/r.v10i30.25057

Edição

Seção

EM FOCO