“Mona, eu não tenho que te dar aula”
reflexões sobre a não binaridade de gênero, a interpelação e a prática psi
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i20.54808Resumo
Apesar das recentes mudanças e avanços sociais e políticos que as pessoas não binárias vêm conquistando nos últimos anos, adotar essa identidade de gênero no Brasil ainda representa enfrentar grandes desafios, tão presentes nas populações trans: a falta de reconhecimento social (inclusive dentro da comunidade LGBTQIAP+), a invisibilização das demandas específicas em cuidado de saúde (física, mental e social), as diferentes formas de transfobia e o isolamento social e afetivo. Na primeira parte deste artigo, a partir do relato de minha experiência no mestrado em Psicologia Social na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, discutiremos acerca da importância de uma formação qualificada e atualizada nas questões de gênero e sexualidade nas graduações e pós-graduações de psicologia. Na segunda parte, a partir da narrativa da história de Mab (pessoa não binária que participou da fase de campo da pesquisa), observaremos os dilemas da fluidez e das interpelações sociais na construção da identidade não binária.
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