Gêneros do Istmo

entre Méxicos, mulheres e muxes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i18.49905

Resumo

Em Juchitán de Zaragoza, cidade mexicana da região do Istmo de Tehuantepec, há o que se convencionou chamar de ‘terceiro gênero’, as muxes. Com o objetivo de discutir a possibilidade de existência de um espaço de gênero não binário em sociedades não-ocidentais, colocou-se a questão: o que as muxes podem informar sobre a possibilidade de se pensar sob uma perspectiva de gênero menos binarista? Para isso, tomou-se como base teórico-metodológica a concepção de Henri Lefebvre sobre a produção do espaço e suas três dimensões conceituais: a prática espacial; as representações do espaço; e os espaços de representação. Por meio de uma reconstituição historiográfica do espaço geográfico, da condição das mulheres e da construção da identidade muxe, concluiu-se que o espaço produzido pelos corpos muxes é um espaço diferencial que resiste às imposições coloniais, negocia com os discursos das mídias, dialoga com os espaços acadêmicos e emerge como questionamento às forças que tentam ocultá-los.

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Biografia do Autor

Pâmela Keiti Baena, Universidade Federal de São Carlos - Campus Sorocaba

Historiadora (Uniso), Geógrafa (UFSCar) e mestre pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos da Condição Humana, UFSCar-Sorocaba.

Rita de Cássia Lana, DGTH - Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades / UFSCar

Doutora em História Social pela USP, tem pós-doutorado em Estudos Latinoamericanos junto ao CIALC-UNAM (México); docente da área de Patrimônio Histórico-Cultural na UFSCar-Sorocaba. 

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Publicado

2023-01-16

Como Citar

Baena, P. K., & Lana, R. de C. (2023). Gêneros do Istmo: entre Méxicos, mulheres e muxes. Revista Periódicus, 1(18), 81–115. https://doi.org/10.9771/peri.v1i18.49905