O que pode a vida suspensa

Autores/as

  • Paulo César García

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i5.17196

Resumen

Um livro que aproxima o leitor e tenha o esmero de captar sentidos para quem se fala, de que maneira se enuncia, de como segue uma linha temporal e espacial de modo instigante é algo que engrandece a literatura. Quer dizer, o texto literário, quando movido pelas tensões com o real, desata eixos estruturais do pensar e os desperta de forma intempestiva com os estranhamentos da linguagem. Assim a narrativa de ficção de Fabio Camargo cria um formato textual em que a subjetividade brota de um meio outro onde cabe a configuração de um espaço de diferenças, cujos fragmentos textuais podem ser visualizados e importados do universo de seus precursores, como o da escrita de João Gilberto Noll ou de Lúcio Cardoso. Trazendo à tona essas escritas, os contextos culturais aí demarcados giram na transversalidade dos artefatos lúdicos das palavras, que passam a filtrar sujeitos fora de alcances, fora-de-lugares. O que se lê na obra inicial do autor é para fiar e, ao mesmo tempo, desfiar as muitas histórias concentradas na memória que se entrelaçam em tramas nas quais a representatividade da ficção solicita enunciar, e que os narradores e autor arriscam: A vida suspensa.

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Publicado

2016-07-15

Cómo citar

García, P. C. (2016). O que pode a vida suspensa. Revista Periódicus, 1(5), 357–362. https://doi.org/10.9771/peri.v1i5.17196