A leitura da literatura como ponto de partida para a construção de um estudo autoetnográfico sobre a interseccionalidade
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v2i20.56975Resumo
A autoetnografia é uma metodologia importante que permite a expressão de corpos dissidentes. A leitura de um livro literário e a construção de diários de leitura, como ponto de partida para a reflexão autoetnográfica, ainda é pouco explorada. Aqui, parto da pergunta: o que é ser um cientista gay? Partindo dessa questão e da experiência de uma professora a proposta deste estudo foi realizar uma análise autoetnográfica lendo e interpretando A vida de Galileu do escritor Bertolt Brecht. Para tanto, foi construído um diário de leitura literária e uma análise reflexiva com teorias e essas experiências tendo em mente como a vulnerabilidade dos corpos dissidentes, pode estar em aliança para os usos e trabalho responsável com as ciências. Concluindo, a construção de um diário autoetnográfico de um ano de leitura de um livro de literatura permitiu realizar registro, desenlace e crítica cultural de um momento importante, que toca em pontos de interseccionalidade, sobre o contexto da pandemia de covid-19.
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