Prostituição: para além do "ser ou não ser profissão"
DOI:
https://doi.org/10.9771/gmed.v15i3.56819Palavras-chave:
Prostituição, Sexo, Mercadoria, Trabalho Produtivo, Legalização da ProstituiçãoResumo
Objetivamos analisar a prostituição enquanto atividade subsumida a um processo de produção e valorização do valor. Realizou-se uma discussão acerca da atividade sexual enquanto atividade humana sensível e as particularidades de seu desenvolvimento no capitalismo. Demonstramos que o sexo no capitalismo, além de atividade humana, produz um efeito útil passível de se tornar mercadoria, que o ato sexual é trabalho, e ainda, trabalho produtivo. Analisamos como o problema se manifesta em sua aparência através de debates realizados pelos movimentos feministas acerca da regulamentação da prostituição, debatendo que uma lei que o regulamente não cria ou extingue o mercado do sexo, mas pode atuar parcialmente nas condições sob as quais se efetiva.
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