Movimento social de resistência à reforma do ensino médio: análise das ocupações estudantis no Espírito Santo 2015-2016

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v15i2.54684

Palavras-chave:

Ocupações estudantis, PEC nº 241/16, MP nº 746/16, Políticas educacionais e juventude

Resumo

Analisamos as ocupações de escolas no Brasil e no estado do Espírito Santo em 2015 e 2016. Com base em categorias como Estado, bloco no poder, hegemonia e guerra de movimento e de posições evidenciamos por entrevistas e análise de publicações que, embora a ampla articulação das frações de classe dominante tenha combatido o movimento social com êxito na aprovação da Lei nº 13.415/17 e da EC n.95/16, os estudantes conseguiram ampliar forças, engajar novos sujeitos, garantir recuos na lei da reforma do ensino médio e, em nível local, colocar em xeque a composição do bloco no poder e afetar a legitimidade do programa Escola Viva, atrasando e descontinuando a implementação da reforma.

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Biografia do Autor

Fernando Leal, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Doutorando do PPGE da UFES. Mestre em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Estudante do Grupo Gestão, Trabalho e Avaliação Educacional (UFES). Diretório: http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4922920161011589. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9763439156704060. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-8343-0051. E-mail: fernandoleales@gmail.com.

Marcelo Lima, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Pós-Doutor em Educação (UFF). Professor do Centro de Educação da UFES. Pesquisador do Grupo Gestão, Trabalho e Avaliação Educacional (UFES). Diretório: http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4922920161011589. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6745822194240257. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-7448-8366. E-mail: marcelo.lima@ufes.br.

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Publicado

2023-10-29

Como Citar

Leal, F., & Lima, M. (2023). Movimento social de resistência à reforma do ensino médio: análise das ocupações estudantis no Espírito Santo 2015-2016. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 15(2), 181–200. https://doi.org/10.9771/gmed.v15i2.54684