Integrações desintegradas: os (des)caminhos da educação profissional e "tecnológica" no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.9771/gmed.v15i1.49270Palavras-chave:
Educação profissional, Educação básica, Formação integrada, Rede federalResumo
Quando se fala em política de educação profissional e tecnológica, encontra-se presente como mediação fundamental os tipos de capitalismo e classes sociais, bem como a posição do Estado nas relações internacionais. No Brasil, contraditoriamente, constituiu-se um senso comum acadêmico que produz e difunde teorias educacionais descoladas das questões estruturais do Estado, do capitalismo e das classes sociais. O artigo em questão buscará discutir a formação e desenvolvimento da chamada Rede Federal, seu suposto centenário e sua relação fundamental com as classes sociais, o capitalismo e o Estado brasileiro. Trata-se de questão central, em um contexto de desindustrialização e redimensionamento de colônia de exportação de commodity.
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