Empresariamento da educação na formação do técnico em Enfermagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v13i1.43482

Palavras-chave:

Educação Profissional, Técnico em Enfermagem, Empresariamento da educação, Mercadoria, Trabalho e Educação

Resumo

O objetivo do presente artigo é compreender aspectos que circunscrevem a formação técnica em Enfermagem, que é o curso com maior quantitativo de matrículas no Rio de Janeiro. Para tanto, realizamos uma pesquisa qualitativa com docentes e representantes do campo da Enfermagem. De modo a auxiliar a análise, estudamos a bibliografia que contempla a historiografia do ensino e da profissão da Enfermagem no Brasil, destacando aspectos referentes à formação técnica. Pudemos concluir que a formação do técnico em Enfermagem está subsumida à forma mercadoria, por meio das dimensões da mercantilização e mercadorização, o que subjaz característica do empresariamento da educação, sendo determinada por esta em diversos níveis de complexidade estrutural, curricular e ideológica

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Biografia do Autor

Bruno Gawryszewski, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professor da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação / Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Doutor em Educação pelo PPGE-UFRJ.

Integrante do Coletivo de Estudos em Marxismo e Educação (COLEMARX).

 

Marília Bittencourt Bovolenta, Universidade Federal Fluminense

Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Licencianda em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense.

Integrante do Coletivo de Estudos em Marxismo e Educação (COLEMARX).

Maria Eduarda Araújo Lima de Farias, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Bolsista PIBIC-UFRJ

Integrante do Coletivo de Estudos em Marxismo e Educação (COLEMARX).

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Publicado

2021-05-04

Como Citar

Gawryszewski, B., Bovolenta, M. B., & Farias, M. E. A. L. de. (2021). Empresariamento da educação na formação do técnico em Enfermagem. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 13(1), 397–427. https://doi.org/10.9771/gmed.v13i1.43482