Formação de professores em Educação Física pós-BNCC

Autores

  • Gabriel Vielmo Gomes Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria http://orcid.org/0000-0002-7428-7855
  • Maristela da Silva Souza Professora Drª do Departamento de Desportos Individuais da Universidade Federal de Santa Maria http://orcid.org/0000-0002-9624-3060

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v13i2.38854

Palavras-chave:

política pública, formação docente, educação, Educação física, Materialismo histórico-dialético

Resumo


Problematizamos o modelo de formação docente preconizado pós a implementação da BNCC, tendo por objetivo, investigar como a Resolução DCN-EF converge para a adequação curricular nos cursos de Educação Física. Para tanto, tecemos o diálogo entre a concepção hegemônica das políticas, os elementos das legislações e a concretude do trabalho docente. Concluímos que secundarizou-se o acesso ao conhecimento científico, privilegiou-se o desenvolvimento das competências/habilidades em situações práticas e na Educação Física perpetuou-se a fragmentação e a descaracterização da identidade epistemológica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriel Vielmo Gomes, Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Especialista em Educação Física Escolar pela UFSM. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8350441034783183. Orcid: http://orcid.org/0000-0002-7428-7855. E-mail: gabrielvgef@gmail.com.

Maristela da Silva Souza, Professora Drª do Departamento de Desportos Individuais da Universidade Federal de Santa Maria

Doutora em Ciência do Movimento Humano pela Universidade Federal de Santa Maria. Coordenadora da Linha de Estudos Epistemológicos e Didáticos em EF - LEEDEF. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7685329921498975. Orcid: http://orcid.org/0000-0002-9624-3060. E-mail: maristeladasilvasouza@yahoo.com.br

Referências

ALBINO, Ângela Cristina Alves; SILVA, Andréia Ferreira da. BNCC e BNC da formação de professores: repensando a formação por competências. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 13, n. 25, p. 137-153, jan./mai. 2019.

ANTUNES Ricardo; PINTO Geraldo Augusto. A fábrica da educação: da especialização taylorista à flexibilização toyotista. São Paulo: Cortez, 2017.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO. Uma Formação Formatada: Posição da ANPED sobre o “texto referência - Diretrizes Curriculares Nacionais e Base Nacional Comum para a formação inicial e continuada de professores da educação básica”. ANPED: Rio de Janeiro. 2019. Disponível em: http://www.anped.org.br/news/posicao-da-anped-sobre-texto-referencia-dcn-e-bncc-para-formacao-inicial-e-continuada-de. Acesso em: 25 ago. 2019.

BIANCHETTI, Roberto Gerardo. Modelo Neoliberal e Políticas Educacionais. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

BRANCO, Emerson Pereira et al. Uma visão crítica sobre a implantação da base nacional comum curricular em consonância com a reforma do ensino médio. Debates em Educação, Maceió, v. 10, n. 21, p. 47-70, mai./ago. 2018.

BRASIL. Resolução CNE/CES nº 2/2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. MEC: Brasília, DF, 2015. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res-cne-cp-002-03072015-pdf/file. Acesso em: 16 jan. 2020.

BRASIL. Proposta para Base Nacional Comum da Formação de Professores da Educação Básica. MEC: Brasília, DF, 2018b. Disponível em: https://formacaoprofessordotcom.files.wordpress.com/2018/12/BNC-Formac%C2%B8ao-de-Professores-V0.pdf. Acesso em: 15 ago. 2019.

BRASIL. 3° Versão do Parecer CNE/CP n° 02/2015. Diretrizes Curriculares Nacionais e Base Nacional Comum para a formação Inicial e Continuada de Professores da Educação Básica. MEC: Brasília, DF, 2019. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=124721-texto-referencia-formacao-de-professores&category_slug=setembro-2019&Itemid=30192. Acesso em: 19 ago. 2019.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Educação é Base. MEC: Brasília, DF, 2018a. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 09 ago. 2019.

BRASIL. Resolução CNE/CES n° 6, de 18 de dezembro de 2018. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Educação Física e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, v. 243, p. 48, 19 dez. 2018. Seção 1. 2018c. Disponível em: http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/55877795/do1-2018-12-19-resolucao-n-6-de-18-de-dezembro-de-2018-55877683. Acesso em: 30 ago. 2019.

DELORS, Jaques. (Org.). Educação: um tesouro a descobrir. Trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. Brasília, DF, 2010. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000109590_por. Acesso em: 25 set. 2019

DUARTE, Newton. Sociedade do conhecimento ou sociedade das ilusões? Quatro ensaios crítico-dialéticos em filosofia da educação. 1 ed. Campinas: Autores Associados, 2003.

ENGELS, Friederich. O Papel do Trabalho na Transformação do Macaco em Homem. 1 ed. Neue Zeit, 1876. Disponível em: http://www.marxists.org/portugues/marx/1876/mes/macaco.htm. Acesso em: 22 nov. 2019

Executiva Nacional de Estudantes de Educação Física. Campanha Nacional pela revogação das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação em Educação Física. ExNEEF: Porto Alegre, 2010. Disponível em: https://22c21765-3835-4529-be0e-863906607622.filesusr.com/ugd/1b4256_90ab5fc7db3e4a04aa77d130dc64d5a9.pdf. Acesso em: 20 nov. 2019.

FARIAS, Isabel Maria Sabino de. O discurso curricular da proposta para BNC da formação de professores da educação básica. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 13, n. 25, p. 155-168, jan./mai. 2019.

FREITAS, Luiz Carlos. A reforma educacional da educação: nova direita, velhas ideias. 1. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2018.

FRIGOTTO, Gaudêncio. Delírios da Razão. Crise do capital e metamorfose conceitual no campo educacional. In: Pablo Gentili. (org.). Pedagogia da exclusão: crítica ao neoliberalismo na educação. 18. ed. Rio de janeiro: Vozes, 1995.

FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação, crise do trabalho assalariado e do desenvolvimento: teorias em conflito. In: FRIGOTTO, Gaudêncio (org.) Educação e crise do trabalho. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 2013.

FRIZZO, Giovanni. Divisão da formação em educação física: “crônica de uma morte anunciada”. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Londrina, v. 2, n. 2, p. 163-173, ago. 2010.

Gil, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

KUENZER, Acácia Zeneida. Desafios teórico-metodológicos da relação trabalho-educação e o papel social da escola. In: FRIGOTTO, Gaudêncio. (org). Educação e crise do trabalho: perspectivas de final de século. – Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

LEHER, Roberto; VITTORIA, Paolo; MOTTA, Vânia. Educação e mercantilização em meio à tormenta político-econômica do Brasil. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 9, n. 1, p. 14-24, abr. 2017.

MARX, Karl. (2009). A ideologia alemã. Trad. Álvaro Pina. 1 ed. São Paulo: Expressão Popular.

MARONEZE, Luciane Francielli; LARA, Angela Mara de Barros. A precarização do trabalho docente no contexto da reorganização capitalista e das mudanças na legislação educacional brasileira pós 1990. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Londrina, v. 3, n. 2, p. 58-70, dez. 2011

NOZAKI, Hajime Takeuchi. O mundo do trabalho e o reordenamento da educação física. Revista da Educação Física/UEM, Maringá, v. 10, n. 1, p. 3-12, 1999.

QUELHAS, Álvaro de Azeredo; NOZAKI, Hajime Takeuchi. A formação do professor de educação física e as novas diretrizes curriculares frente aos avanços do capital. Motrivivência, Florianópolis, ano 18, n. 26, p. 69-87, jun. 2006.

RIBEIRO, Andressa de Freitas. Taylorismo, fordismo e toyotismo. Lutas Sociais, São Paulo, v. 19, n. 35, p. 65-79, jul./dez. 2015.

SANTOS JÚNIOR, Osvaldo Galdino; et al. “O 18 de brumário” da educação física e a possibilidade da formação única. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 19., 2015. Anais Eletrônicos ISSN: 2175-5930. Vitória: UFES. Disponível em: http://congressos.cbce.org.br/index.php/conbrace2015/6conice/paper/view/7698/3538. Acesso em: 15 out. 2019.

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 42. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2012.

SOARES, Carmen Lucia; et al. Metodologia do ensino de educação física. 4ª reimpr. da 2. ed. rev. São Paulo: Cortez, 2012.

SOUZA, Maristela da Souza; RAMOS, Fabrício Krusche. Educação Física e o Mundo do trabalho: um diálogo com a atual reforma do Ensino Médio. Motrivivência, Florianópolis, v. 29, n. 52, p. 71-86, set. 2017.

TAFFAREL, Celi Nelza Zülke; BELTRÃO, José Arlen. Destruição de forças produtivas e o rebaixamento da formação da classe trabalhadora: o caso da reforma e da BNCC do ensino médio. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 11, n. 1, p. 103-115, abr. 2019.

Downloads

Publicado

2021-09-17

Como Citar

Gomes, G. V., & Souza, M. da S. (2021). Formação de professores em Educação Física pós-BNCC. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 13(2), 858–873. https://doi.org/10.9771/gmed.v13i2.38854