Trabalho e educação: o processo da existência humana
DOI:
https://doi.org/10.9771/gmed.v11i3.34929Palavras-chave:
Trabalho, Educação, Hominização, Formação social.Resumo
Este texto apresenta o trabalho como mediação entre o hominídeo e a natureza no processo de hominização e materialidade do homem e, como consequência, a humanização do ser social homem no seu devir histórico. Para tanto, partimos da premissa sob a qual só há ser histórico nos limites de trabalho, cuja materialidade dá forma aos objetos e ao próprio homem. Neste sentido, o ato de comer, beber, vestir-se e abrigar-se torna-se ato contínuo à vida material, na qual o homem necessita realizar diuturnamente para sua reprodução biológica e social. Para darmos conta do nosso objeto, serão analisadas as obras de autores materialistas, para quem o mundo humano é criação das relações mediadas pelo trabalho entre homem e natureza. Ao criar o mundo humano, os homens criam também formas de produzir sua vida material mediada pelas condições reais de sua existência, cuja expressão social se forma nas relações sociais de produção, determinando o caráter efêmero das determinadas formações históricas de produção que o homem criou ao longo de sua existência material.
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