Trabalho, educação e omnilateralidade: uma perspectiva contra-hegemônica na formação acadêmica

Autores

  • Maria do Socorro Smith Neves Universidade Federal do Amapá
  • Antonia Costa Andrade Universidade Federal do Amapá

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v11i2.29897

Palavras-chave:

Mundo do trabalho. Formação acadêmica. Omnilateralidade.El mundo del trabajo. Formación académica. Omnilaterality.World of work. Academic training. Omnilaterality.

Resumo

O presente artigo analisa as influências do mundo do trabalho reestruturado na formação acadêmica, que engendrou a reconfiguração da universidade para atender demandas mercantis. Os cursos têm por finalidade o desenvolvimento de competências que visam a formação de um trabalhador que se adapte à flexibilização do mundo do trabalho contemporâneo. Destes argumentos, aponta-se para a indissociável relação entre trabalho e educação para além da inserção profissional. Para tanto, foi desenvolvido um estudo bibliográfico com abordagem qualitativa. Os achados da pesquisa sinalizam para a relevância da omnilateralidade na construção de uma proposta de formação acadêmica contra-hegemônica nas universidades públicas.

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Biografia do Autor

Maria do Socorro Smith Neves, Universidade Federal do Amapá

Mestranda em Educação PPGED Unifap

Professora do Ensino Básico Técnico e Tecnológico

Antonia Costa Andrade, Universidade Federal do Amapá

Doutora em Educação pela Universidade  Federal de Uberlândia

Professora da Universidade Federal do Amapá

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Publicado

2019-11-21

Como Citar

Smith Neves, M. do S., & Costa Andrade, A. (2019). Trabalho, educação e omnilateralidade: uma perspectiva contra-hegemônica na formação acadêmica. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 11(2), 214–222. https://doi.org/10.9771/gmed.v11i2.29897