CRÍTICA DO IMPERIALISMO E DA REFORMA CURRICULAR BRASILEIRA DA EDUCAÇÃO BÁSICA: EVIDÊNCIA HISTÓRICA DA IMPOSSIBILIDADE DA LUTA PELA EMANCIPAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA DESDE A ESCOLA DO ESTADO

Autores

  • Rosa Maria Correa das Neves Fundação Oswaldo Cruz Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio Laboratório de Iniciação Científica na Educação Básica (Lic-Provoc) http://orcid.org/0000-0003-1372-0384
  • Cláudia Lino Piccinini Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Filosofia e Ciências Humanas Faculdade de Educação COLEMARX - Coletivo de Estudos em Marxismo e Educação http://orcid.org/0000-0002-6796-2330

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v10i1.26008

Palavras-chave:

imperialismo, monopólio, escola do Estado, internacionalismo proletário

Resumo

A publicação da Base Nacional Comum Curricular que pretende alcançar a educação básica brasileira é parte de reformas contemporâneas que expressam interesses e modo de ação de monopólios brasileiros. Esse evento contribui para desnudar o equívoco teórico e prático que reivindica a escola nacional do Estado burguês como disputável, pela via democrática, numa direção emancipadora da classe trabalhadora, no sentido marxista do termo, ou seja, revolucionária. A investigação específica que fundamenta nossa análise sobre a BNCC iniciou em 2015, com a coleção de posições, através da qual concluímos que seu autor tem sido o Movimento Pela Base, associação de grupos empresariais brasileiros cuja natureza somente pudemos decifrar, recorrendo a análise de Lênin, publicada em 1917, sobre o capitalismo, em sua fase contemporânea - Imperialismo, fase superior do capitalismo.

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Biografia do Autor

Rosa Maria Correa das Neves, Fundação Oswaldo Cruz Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio Laboratório de Iniciação Científica na Educação Básica (Lic-Provoc)

Pesquisadora da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz, RJ, Brasil. Membro do Laboratório de Iniciação Científica na Educação Básica, se dedicando a estudos comparados de pedagogias específicas em educação científica, organização da atividade científica, trabalho científico na contemporaneidade e efeitos e tendências na carreira e iniciação de cientistas na área da saúde e da educação.

Cláudia Lino Piccinini, Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Filosofia e Ciências Humanas Faculdade de Educação COLEMARX - Coletivo de Estudos em Marxismo e Educação

Professora e Pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Departamento de Didática, RJ, Brasil.  Pesquisadora do COLEMARX - Coletivo de Estudos em Marxismo e Educação. Experiência na área de Ciências Humanas. Interesses de pesquisa:  políticas educacionais, mudanças no trabalho e na formação de professores.

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Publicado

2018-05-29

Como Citar

Neves, R. M. C. das, & Piccinini, C. L. (2018). CRÍTICA DO IMPERIALISMO E DA REFORMA CURRICULAR BRASILEIRA DA EDUCAÇÃO BÁSICA: EVIDÊNCIA HISTÓRICA DA IMPOSSIBILIDADE DA LUTA PELA EMANCIPAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA DESDE A ESCOLA DO ESTADO. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 10(1), 184–206. https://doi.org/10.9771/gmed.v10i1.26008