UMA ESQUERDA PARA O CAPITAL. Crise do Marxismo e Mudanças nos Projetos Políticos dos Grupos Dirigentes do PT (1979-1998).
Palavras-chave:
Partidos dos Trabalhadores, TransformismoResumo
Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a história das duas organizações políticas cujas trajetórias convergiram, na década de 90, para a formação do bloco político conhecido atualmente como campo majoritário do Partido dos Trabalhadores: a Articulação e o coletivo que, organizado inicialmente como Partido Comunista Revolucionário (PRC), passou a denominar-se Nova Esquerda em 1989 e, após 1992, Democracia Radical (DR). A história dessas organizações, no período pesquisado (1979-1998), é marcada por uma profunda reviravolta teórica e programática que afetou todas as dimensões do seu projeto político. Nesta mudança, foram abandonadas as referências marxistas anteriormente vigentes e, em seu lugar, passaram a figurar elementos pós-modernos e liberais. O abandono dos referenciais marxistas é aqui denominado crise do marxismo, e é um fenômeno contemporâneo de amplitude mundial. O objetivo central deste trabalho é contribuir para a explicação deste fenômeno histórico, a crise do marxismo, a partir da investigação de sua manifestação particular nos projetos políticos da parcela mais influente da esquerda brasileira contemporânea. A pesquisa abordou as organizações como intelectuais, em perspectiva gramsciana, por suas funções como elaboradoras e reformadoras de projetos políticos, e investigou a relação entre a trajetória destes intelectuais e a dinâmica da luta de classes no período. A hipótese central é que o abandono do marxismo foi a expressão de uma mudança de concepção de mundo de intelectuais que se deslocaram no terreno da luta de classes. Um caso histórico de transformismo.Downloads
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