TRABALHO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NAS DÉCADAS DE 1930 E 1940 NO BRASIL: ANÁLISE DO PENSAMENTO E DAS AÇÕES DA BURGUESIA INDUSTRIAL A PARTIR DO IDORT
DOI:
https://doi.org/10.9771/gmed.v8i1.15081Palavras-chave:
trabalho, educação, educação profissional, burguesia industrial, IDORTResumo
Esta publicação discute a concepção de educação profissional, defendida e divulgada pela revista do IDORT (1931-1942). Utiliza as categorias de classes sociais, luta de classes e hegemonia, para entendermos as contradições de classes no período analisado. Destacamos o Instituto de Organização Racional do Trabalho – IDORT como órgão representante da burguesia industrial. Examina, no primeiro capítulo, a questão econômica, social e política do período, demonstrando a organização dos industriais, em especial os paulistas, que buscaram o fortalecimento de sua fração de classe no projeto de sociedade e de controle do Estado. Discorre também sobre a repressão feita aos anarco-sindicalistas, aos comunistas e a toda organização que se contrapunha aos interesses burgueses. No segundo capítulo, analisa o processo de constituição do IDORT, o seu projeto de defesa de uma sociedade racional e taylorizada. No último capítulo, apresenta o projeto de educação profissional defendido pela revista, que se constituiu em fonte primária desta pesquisa. Registramos a importância dos Intelectuais orgânicos da burguesia, com ênfase à Roberto Mange, principal ideólogo dos estudos e propostas para a educação de um trabalhador dócil, disciplinado e adaptável ao projeto societário burguês. Analisa as experiências de educação profissional nas escolas ferroviárias e do Centro Ferroviário de São Paulo, como a gênese para a constituição do Serviço Nacional de Industria – SENAI. Finaliza com a indicação da importância de se conhecer a história, a trajetória e os projetos originais referentes a educação profissional, como aqueles presentes na revista do IDORT, uma vez que eles dão origem a um desenvolvimento posterior de inúmeras ações da fração da classe burguesa, os industriais, no direcionamento da determinação dos rumos da sociedade brasileira, e na sua hegemonia no interior do Estado.
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