A IMPORTÂNCIA DA CONCEPÇÃO DE MUNDO PARA A EDUCAÇÃO ESCOLAR: PORQUE A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA NÃO ENDOSSA O SILÊNCIO DE WITTGENSTEIN

Autores

  • Newton Duarte Universidade Estadual Paulista - UNESP - Araraquara

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v7i1.12808

Palavras-chave:

pedagogia histórico-crítica, concepção de mundo, materialismo histórico-dialético, ontologia.

Resumo

O artigo analisa a relação entre educação escolar e concepção mundo a partir da perspectiva da pedagogia histórico-crítica. Essa pedagogia defende o ensino e a aprendizagem dos clássicos da história humana nos campos das ciências naturais e sociais, das artes e da filosofia. O ensino e aprendizagem da experiência histórica humana sintetizada nos clássicos é um caminho para a formação/transformação da concepção de mundo de alunos e professores. Essa pedagogia adota o materialismo histórico-dialético como a mais desenvolvida e crítica concepção de mundo e defende que os conteúdos escolares e as formas de seu ensino podem se constituir em importantes contribuições para a difusão dessa concepção de mundo. Nesse sentido, a pedagogia histórico-crítica não endossa o silêncio de Wittgenstein sobre as discussões ontológicas. 

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Biografia do Autor

Newton Duarte, Universidade Estadual Paulista - UNESP - Araraquara

Nascido na cidade de São Paulo em 1961, graduou-se em Pedagogia pela Universidade Federal de São Carlos em 1985 e obteve o título de Mestre em Educação pela mesma universidade em 1987. Defendeu sua tese de doutorado na Faculdade de Educação da UNICAMP, em 1992. Desde 1988 é docente da UNESP e leciona no campus de Araraquara. Nesta universidade obteve, em 1999, por meio de concurso público, o título de Livre-Docente em psicologia da educação e em 2009, também por meio de concurso público, foi nomeado para o cargo de Professor Titular. É bolsista de produtividade em pesquisa pelo CNPq desde 1993. De agosto de 2003 a junho de 2004 realizou pós-doutorado na Universidade de Toronto, Canadá, com bolsa da CAPES. Recebeu bolsa de Estágio Sênior pela mesma instituição para desenvolver pesquisa de agosto de 2011 a julho de 2012, como Visiting Research Fellow na Universidade de Sussex, Inglaterra. Coordena o grupo de pesquisa Estudos Marxistas em Educação que conta com pesquisadores de várias universidades brasileiras. É autor de livros, capítulos de livros e artigos, publicados no Brasil e no exterior. Entre seus trabalhos destacam-se os livros: A Individualidade Para Si (edição comemorativa em 2013), Educação Escolar, Teoria do Cotidiano e a Escola de Vigotski (1996), Vigotski e o Aprender a Aprender: crítica às apropriações neoliberais e pós-modernas da teoria vigotskiana (2000); Sociedade do Conhecimento ou Sociedade das Ilusões? (2003); Crítica ao Fetichismo da Individualidade (2004); Critical Perspectives on Activity: Explorations across Education, Work and Everyday Life (2006) co-editada com Peter Sawchuk e Mohamed Elhammoumi; Arte, Conhecimento e Paixão na Formação Humana: Sete Ensaios de Pedagogia Histórico-Crítica (2010) em coautoria com Sandra Della Fonte; A Pedagogia Histórico-Crítica e a Luta de Classes na Educação Escolar(2012) em coautoria com Dermeval Saviani. Seus atuais projetos de pesquisa são: 1) Arte e formação humana em Lukács e Vigotski 2) A perspectiva marxista em educação e as pedagogias contemporâneas

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Publicado

2015-01-24

Como Citar

Duarte, N. (2015). A IMPORTÂNCIA DA CONCEPÇÃO DE MUNDO PARA A EDUCAÇÃO ESCOLAR: PORQUE A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA NÃO ENDOSSA O SILÊNCIO DE WITTGENSTEIN. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 7(1), 8–25. https://doi.org/10.9771/gmed.v7i1.12808