Determinantes da Distribuição do Valor Adicionado em Empresas do Setor de Energia Elétrica
DOI:
https://doi.org/10.9771/rcufba.v15i0.43799Palavras-chave:
Demonstração do valor adicionado, Teoria dos Stakeholders, distribuição do valor adicionado, empresas de energia elétricaResumo
A pesquisa objetivou identificar determinantes da distribuição do valor adicionado entre diferentes partes interessadas, nas empresas de energia elétrica listadas na B3. Para isso, utilizou dados de 2014 a 2016, analisados por estatísticas descritivas, correlação e regressão. Os resultados evidenciam que a maior parcela distribuída é destinada ao governo, seguido dos terceiros, enquanto empregados e acionistas recebem parcelas menores. Pela correlação, a distribuição aos empregados possui relação com a geração de riqueza, porte, endividamento e controle acionário. Pela regressão, o porte explica a distribuição a governos, terceiros e própria. O endividamento, como esperado, aumenta a distribuição a terceiros e reduz a parte dos acionistas. Entretanto, riqueza gerada e controle acionário não contribuem na distribuição para empresa e acionistas, ponto de alerta para a gestão. Contribui ao apresentar determinantes da distribuição de riqueza e destaca elementos que, apesar de lógicos, não geram contribuição a determinados stakeholders.Downloads
Referências
Barakat, S. R., Freitas, L. P., Boaventura, J. M. G., & Maclennan, M. L. F. (2016). Legitimidade: uma análise da evolução do conceito na Teoria dos Stakeholders. Revista de Ciências da Administração, 18(44), 66-80. DOI: http://doi.org/10.5007/2175-8077.2016v18n44p66
Bispo, J. DE S., Calijuri, M. S. S., & Lima, I. S. (2009) A importância dos dados contábeis para a relação entre carga tributária, tamanho e setor econômico das empresas brasileiras. Revista de Informação Contábil, 3(3), 25-43.
Boaventura, J. M. G., Cardoso, F. R., Silva, E. S., & Silva, R. S. (2009). Teoria dos Stakeholders e Teoria da Firma: um estudo sobre a hierarquização das funções-objetivo em empresas brasileiras. Revista Brasileira de Gestão e Negócios, 11(32), 289-307. DOI: http://doi.org/10.7819/rbgn.v11i32.378
BRASIL. Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11648.htm Acesso em 10 abr. 2017.
Brealey, R. A., Myers, S. C., & Allen, F. (2008). Principles of corporate in finance. 10. Ed. McGraw-Hill.
Bueno, A. F. (2002). Os dividendos como estratégia de investimentos em ações. Revista Contabilidade & Finanças, 13(28), 39-55. DOI: http://doi.org/10.1590/S1519-70772002000100003
Campbell, A. (1997). Stakeholders: the case in favour. Long Range Planning, 30(3), 446-450. DOI: http://doi.org/10.1016/S0024-6301(97)00003-4
Carroll A. B., & Buchholtz, A. K. (2008). Business and society: ethics and stakeholder management. 7. Ed. South-Western College Pub Mason, OH.
CFC – Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC n. 1.328 de 18 de março de 2011. Aprova a NBC TG 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Disponível em: http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_1328.doc Acesso em 10 abr. 2017.
Clarkson, M. B. E. (1998). Corporate social performance in Canada. In: PRESTON, L. E. (Ed.) Research in corporate social performance and policy (241-265). Greenwich, CT: JAI Press.
_____. (1995). A stakeholder framework for analyzing and evaluating corporate social performance. Academy of Management Review, 20(1), 92-117, DOI: http://doi.org/10.2307/258888
CPC – Comitê de Prounciamentos Contábeis. Pronunciamento técnico CPC 09 de 30 de outubro de 2008. Demonstração do valor adicionado (DVA). Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=40 Acesso em 10 abr. 2017.
Crilly, D., & Sloan, P. (2012). Enterprise logic: explaining corporate attention to stakeholders from the inside-out. Strategic Management Journal, 33(10), 1174-1193. DOI: http://doi.org/10.2307/23260267
Cosenza, J. P. (2003). A eficácia informativa da demonstração do valor adicionado. Revista Contabilidade & Finanças, 14, 7-29. DOI: http://doi.org/10.1590/S1519-70772003000400001
Dallabona, L. F., Martins, J. A. S., & Klann, R. C. (2014). Utilização do gerenciamento de resultados para a redução de custos políticos: uma análise a partir da DVA. Contextus, 12(2), 91-115. DOI: http://dx.doi.org/10.19094/contextus.v12i2.32179
Dallabona, L. F., Mascarello, G., & Kroetz, M. (2014). Relação entre os indicadores de desempenho e o valor adicionado distribuído aos agentes colaboradores de empresas listadas BM&FBOVESPA. Revista Catarinense da Ciência Contábil, 13(39), 49-63. DOI: http://dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v13n39p
Donaldson, T., & Preston, L. E. (1995). The stakeholder theory of the corporation: Concepts, evidence, and implications. Academy of Management Review, 20, 65-91. DOI: http://doi.org/10.2307/258887
Freeman, R. E. (1984). Strategic management: a stakeholder approach. Boston: Pitman.
Freeman, R. E., Harrison, J. S., Wicks, A. C., Parmar, B. L., & De Colle, S. (2010). Stakeholder theory: the state of the art. New York: Cambridge University Press.
Frey, I. A., Frey, M. R., & Rodrigues, T. B. (2013). Demonstração do Valor Adicionado: Um estudo sobre o valor distribuído pelo segmento de bancos da BM&FBOVESPA. Revista Razão Contábil, 4(2), 118-137.
Góis, A. D., Almeida, T. A., & Costa, J. A., Luca, M. M. M. (2016). Distribuição do valor adicionado em diferentes contextos societários à luz da teoria contratual da firma. Revista de Contabilidade e Controladoria, 8(3), 45-64.
Greene,W. H. (2003). Econometric analysis. 5. Ed. New Jersey: Pretince Hal.
Gujarati, D. (2006). Econometria básica. 4. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier.
Hall, M., Millo, Y., & Barman, E. (2015). Who and what really counts? Stakeholder prioritization and accounting for social value. Journal of Management Studies, 52(7), 907-934. DOI: http://doi.org/10.1111/joms.12146
Harrison, J., & Smith, J. L. (2015). Responsible accounting for stakeholders. Journal of Management Studies, 52(7), 935-960. DOI: http://doi.org/10.1111/joms.12141
Kent, P., & Zunker, T. (2015). A stakeholder analysis of employee disclosures in annual reports. Accounting & Finance, 57(2), 533-563. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/acfi.12153
Kroetz, C. E., & Consenza, J. P. (2004). Considerações sobre a eficácia do valor adicionado para a mensuração do resultado econômico e social. Revista do Conselho de Contabilidade do Rio Grande do Sul, 116, 18-28.
Merofa, P. do A. (2014). O endividamento e a remuneração variável dos diretores executivos no Brasil: evidências empíricas. Tese de Doutorado em Administração de Empresas. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Miles, S. (2017). Stakeholder theory classification: a theoretical and empirical evaluation of definitions. Journal of Business Ethics, 142(3), 437–459. DOI: http://doi.org/10.1007/s10551-015-2741-y
Moriarty, J. (2014). The connection between Stakeholders Theory and Stakeholders Democracy: an excavation and defense. Business & Society, 53(6), 820-852. DOI: http://doi.org/10.1177%2F0007650312439296
Pereira, J. M. (2012). Manual de metodologia da pesquisa científica. 3. Ed. São Paulo: Atlas.
Pinto, L. J. S., & Freire, F. S. (2013). Análise do valor adicionado e de sua distribuição: um estudo nos bancos listados na Bovespa com uso da Anova. Enfoque: Reflexão Contábil, 32(1), 65- 75. DOI: http://doi.org/10.4025/enfoque.v32i1.20496
Procianoy, J. L. (1994). O processo sucessório e a abertura de capital nas empresas brasileiras: objetivos conflitantes. Revista de Administração da USP, 34(4), 74-84. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-75901994000400009
Pruzan, P. (1998). From control to values-based management and accountability. Journal of Business Ethics, 17, 1379-1394. DOI: http://doi.org/10.1023/A:1006079110633
Ribeiro, M. S., & Santos, A. dos. (2004). A remuneração dos capitais utilizados para financiamento dos ativos de empresas distribuidoras de energia elétrica medida por meio da DVA. Brazilian Business Review, 1(1), 17-30. DOI: http://doi.org/10.15728/bbr.2004.1.1.2
Santos, A., Chan, B. L., & Silva, F. L. (2007). Análise dos impactos da privatização na distribuição de riqueza a partir da Demonstração do Valor Adicionado. Revista Universo Contábil, 3(2), 6-21. DOI: http://dx.doi.org/10.4270/ruc.20073
Santos, C. O., Rodrigues, F. F., & Wilbert, M. D. (2015). Análise da eficiência na geração de valor adicionado por empregado de empresas brasileiras. Anais do I Congresso UnB de Contabilidade e Governança, Brasília, DF, Brasil.
Schafer, J. D., Konraht, J. M., & Ferreira, L. F. (2016). O custo tributário nas empresas brasileiras de energia elétrica: uma análise por meio da Demonstração do Valor Adicionado. Revista Capital Científico, 14(3). DOI: http://doi.org/10.5935/2177-4153.20160022
Scherer, L. M. (2006). Valor adicionado: análise empírica de sua relevância para as companhias abertas que publicam a demonstração do valor adicionado. Tese de Doutorado em Ciências Contábeis. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Silva, G. J., & Nascimento, V. M. (2005). Uma análise comparativa entre a demonstração das origens e aplicações de recursos (DOAR), a demonstração do fluxo de caixa (DFC) e a demonstração do valor adicionado (DVA). Revista Contemporânea de Contabilidade, 2(3), 73-108. DOI: https://doi.org/10.5007/%25x
Silva, E. M. (2010). A Relevância da demonstração do valor adicionado na evidenciação da distribuição da riqueza: um estudo da DVA na crise de 2008 – 2009. Dissertação de mestrado em Ciências Contábeis. Pontifica Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil.
Silveira, E. C. (2003). Demonstração do valor adicionado (DVA): uma análise da geração e distribui caso o artigo seja aprovado para publicação de riqueza nas empresas de energia elétrica do Brasil no período de 1999 a 2001. Dissertação de Mestrado em Ciências Contábeis. Programa Multinstitucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.
Triviños, A. N. S. (2008). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista de Contabilidade da UFBA
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution CC-BY-NC após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.