Associação da Governança Corporativa com a Remuneração e a Opinião dos Auditores em Bancos Brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.9771/rcufba.v18i1.63092Palabras clave:
Auditoria, Bancos, Governança Corporativa, Honorários de Auditoria, Opinião de AuditoriaResumen
Este estudo teve por objetivo avaliar a associação dos níveis de governança corporativa nos bancos brasileiros com a remuneração dos auditores, considerando os efeitos risco ou demanda, e a opinião de auditoria sobre as demonstrações financeiras. Os testes empíricos, baseados em dados de formulários de referência e relatórios de auditoria, de 2009 a 2022, de 25 bancos listados na B3 revelaram resultados variados em relação à remuneração. Para a remuneração nominal não foi constatada relação com a governança corporativa, enquanto foi documentada associação positiva entre a remuneração relativa e o nível de governança, confirmando a expectativa de que estrutura de governança mais sólida é relacionada com maiores honorários de auditoria, em linha com o denominado efeito demanda. Além disso, os resultados indicaram que bancos listados em segmentos especiais de governança da B3 têm menor probabilidade de apresentar relatórios de auditoria com opiniões modificadas, sugerindo que esses bancos, por observarem regras mais robustas de governança e controle, tendem a preparar informações mais confiáveis, resultando em menor probabilidade de modificação na opinião sobre as demonstrações financeiras. As evidências empíricas contribuem para a compreensão dos efeitos da governança corporativa no processo de auditoria, fornecendo informações significativas para reguladores, gestores e investidores sobre como os auditores reagem à instituição de mecanismos de controle e governança.
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