Editorial
DOI:
https://doi.org/10.9771/cp.v16i2.53165Abstract
A Ciência no mundo pós-pandemia
Após os primeiros casos conhecidos na China em dezembro de 2019, o vírus SARS-Cov-2 alastrou rapidamente além fronteiras levando a Organiazação Mudial de Saude (OMS) a declarar em 30 de janeiro de 2020 o estado de “Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII)”, o mais alto nível de alerta, e em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada como uma pandemia pela OMS.
Pouco tempo após essa declaração, a maioria dos países iniciou períodos de lock-down total, situação inédita na história mundial. Vivi esse período conturbado em Portugal, onde moro e onde o Ministério da Saúde teve uma importância fundamental na comunicação com a população, emitindo comunicados diários com a evolução da situação e indicando os passos a seguir para manter a segurança de todos. Tudo isso com base nas informações dos especialistas. Como nunca, o conhecimento científico foi a única ferramenta útil para lidar com a realidade e enfrentar a pandemia. No caso de Portugal, um país com uma população envelhecida e, por isso, muito vulnerável, foi a ciência que permitiu que a percentagem de vítimas não tenha sido avassaladora.
O que aprendemos, o que sabemos agora no mundo pós-pandemia? Acredito que a pandemia tenha trazido para o centro da sociedade, de novo, a importância da ciência e de como ela funciona: quase sendo uma entidade orgânica viva, em constante adaptação e aperfeiçoamento que avança e traz esperança à humanidade. E que se quer para o futuro mais e melhor ciência! Quer-se ciência centrada na melhoria da qualidade de vida das populações e na preservação do planeta.
A disseminação da ciência é um passo fundamental do processo, e a Cadernos de Prospecção cumpre, com mais esta edição, a sua vocação de veículo transmissor de conhecimento. Nesta edição especial, “Covid-19: o mundo pós-pandemia” apresenta-se artigos de um total de 34 autores, pertencentes a 16 instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação pertencentes a 12 estados distintos do Brasil.
Boas leituras e viva a Ciência!!
Ana Maria Álvares Tavares da Mata
Professora Adjunta do Instituto Politécnico de Setúbal (ESTS-IPS), Portugal
Investigadora do CINEA, Centro de Investigação em Energia e Ambiente do IPS, Portugal
Investigadora do iBB, Instituto de Bioengenharia e Biociências, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa, Portugal
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