MALABARISMO E RESSIGNIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS

entre a informalidade e a cultura nas ruas da cidade

Autores

  • Patrícia Daniela Souza dos Anjos Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Programa de Pós-Graduação em Administração
  • Armindo dos Santos de Sousa Teodósio Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Programa de Pós-Graduação em Administração, Belo Horizonte, MG
  • Rafael Rodrigues Castro Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Mariana de Lima Caeiro Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Programa de Pós-Graduação em Administração

DOI:

https://doi.org/10.9771/ns.v13i25.43049

Palavras-chave:

Trabalho Informal. Malabarismo. Exclusão Social. Estudos Urbanos.

Resumo

O objetivo deste artigo consiste em analisar o papel do malabarismo de rua como trabalho informal e prática cultural na ressignificação dos espaços na cidade. Para isso, foram discutidas algumas considerações sobre o trabalho informal praticado nas ruas, principalmente, por atores que se concentram em regiões centrais e movimentadas da cidade e acabam sendo taxados como criminosos, marginais, vagabundos e transgressores da ordem pública por venderem seus produtos ou serviços nas ruas, calçadas e semáforos. Foi feita também uma conexão entre o trabalho informal dos malabaristas de semáforo com a exclusão social, bem como uma reflexão sobre tal prática como atividade do campo cultural. Utilizou-se uma abordagem qualitativa através de um estudo exploratório-descritivo cujos dados foram obtidos por meio de registro fotográfico e entrevista não estruturada junto a dois malabaristas que atuam na Região Centro Sul de Belo Horizonte. Os resultados obtidos mostraram que há um processo contínuo de resistência e ressignificação dos espaços da cidade pelos malabaristas que exibem seu trabalho nas faixas de pedestres localizadas abaixo dos semáforos. Além disso, foi identificado que os malabares eram executados não mais para a exibição das artes circenses pelos atores como atributo cultural, mas sim como prática estratégica que visa garantir a sobrevivência em contextos urbanos.

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Biografia do Autor

Patrícia Daniela Souza dos Anjos, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Programa de Pós-Graduação em Administração

Mestranda em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas (PPGA-PUC Minas). Graduada em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas (PUC Minas). Integrante do Núcleo de Pesquisas em Ética e Gestão Social (NUPEGS) do PPGA da PUC Minas. Seus interesses de pesquisa concentram-se em: Desenvolvimento Sustentável, Desenvolvimento Local e Territorial, Economia da Funcionalidade e Cooperação, Economia Circular e Compartilhada, Inovação Social.

Armindo dos Santos de Sousa Teodósio, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Programa de Pós-Graduação em Administração, Belo Horizonte, MG

Professor do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Pesquisador das áreas de Gestão Social e Ambiental, Administração Pública e Estudos Organizacionais. Líder do Núcleo de Pesquisas em Ética e Gestão Social (NUPEGS) do PPGA da PUC Minas. Seus interesses de pesquisa concentram-se em Organizações da Sociedade Civil, Movimentos Sociais, Responsabilidade Socioambiental de Empresas, Políticas Públicas e Sustentabilidade. Doutor em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mestre em Ciências Sociais (Gestão de Cidades) pela PUC Minas e Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

Rafael Rodrigues Castro, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PPGA/PUC Minas), na linha de pesquisa Pessoas, trabalho e sociedade. Graduando em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (FAFICH/UFMG). Especialista em Ética pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (IEC/PUC Minas). Graduado em Administração pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo Horizonte. Pesquisador no Núcleo de Pesquisa em Ética e Gestão Social da PUC Minas. Atua com os seguintes temas de pesquisa: Formação e Ensino em Administração; Estudos Organizacionais Críticos; Religião e Evangélicos. Coordenador de atividades externas do Cursinho Popular Pré-Enem do Morro do Papagaio.

Mariana de Lima Caeiro, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Programa de Pós-Graduação em Administração

Doutoranda em Administração no Programa de Pós-Graduação em Administração da PUC Minas, na área de Ética e Gestão Social. Cursou o Mestrado em Administração nessa mesma instituição, na área de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, como bolsista CAPES. Concluiu o curso de Bacharelado em Administração no ano de 2014, no CEFET-MG. Atualmente, atua como gestora e professora no Programa Bom Aluno, professora no IEC PUC MINAS e pesquisadora do Núcleo de Estudos Ética e Gestão Social (NUPEGS) e tem como interesse de pesquisa: inovação social, sustentabilidade, gestão social, empreendedorismo, empreendedorismo social, negócios sociais, trabalhadores invisíveis, gênero e trabalho, movimentos migratórios dentre outros, associando-se a essas temáticas as clínicas do trabalho, especialmente a psicossociologia.

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Publicado

2023-10-05

Como Citar

Anjos, P. D. S. dos ., Teodósio, A. dos S. de S., Castro, R. R., & Caeiro, M. de L. . (2023). MALABARISMO E RESSIGNIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS: entre a informalidade e a cultura nas ruas da cidade. NAU Social, 13(25), 1176 –. https://doi.org/10.9771/ns.v13i25.43049

Edição

Seção

Novos Territórios