Mitos do Desenho Quase-experimental na Avaliação de Programas

Autores

  • Paulo de Martino Jannuzzi ENCE/IBGE

DOI:

https://doi.org/10.9771/ns.v9i16.31419

Palavras-chave:

Palavras-chave, Avaliação, Quasi-experimento, Positivismo, Políticas Públicas.

Resumo

Embora a tese da natureza contingencial e humana da produção científica e tecnológica já seja de largo conhecimento de pesquisadores com formação nas Ciências Sociais, a vivência na Administração Pública revela que o positivismo comteano está ainda muito entre equipes técnicas envolvidas nos processos de formulação, avaliação e controle de Políticas e Programas Sociais. Tal postura é particularmente intensa entre pesquisadores que advogam que os desenhos experimentais e quasi-experimentais constituem o “padrão-ouro” de avaliação de políticas e programas, no que são referendados por manuais de órgãos multilaterais de fomento. Valendo-se de referenciais clássicos – e não tão clássicos - da Ciência e da Avaliação, este texto procura contrapor-se aos mitos das pretensa objetividade absoluta e da superioridade técnica dos desenhos experimentais e quasi-experimentais. Aponta-se os limites éticos e operacionais dessa abordagem, desnuda-se as estratégias de auto-referenciamento e legitimação empregados. Por fim advoga-se por uma perspectiva mais plural e socialmente reconhecida de Avaliação de Políticas e Programas, que o Campo de Públicas oferece na produção do conhecimento nessa área temática.

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Biografia do Autor

Paulo de Martino Jannuzzi, ENCE/IBGE

Paulo de Martino Jannuzzi é Professor da ENCE/IBGE, pesquisador PQ/CNPq no projeto Políticas Públicas, Mudança Social e Dinâmica Demográfica no Brasil de 1992 a 2014. É professor colaborador da Faculdade Cesgranrio e Escola Nacional de Administração Pública. Membro do Painel de Especialistas do Escritório Inde-pendente de Avaliação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

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Publicado

2018-04-30

Como Citar

Jannuzzi, P. de M. (2018). Mitos do Desenho Quase-experimental na Avaliação de Programas. NAU Social, 9(16). https://doi.org/10.9771/ns.v9i16.31419

Edição

Seção

Novas Rotas