A PRESENÇA DO LIRISMO MEDIEVAL NA POESIA AL BERTIANA
Resumo
O presente artigo tem como intuito apresentar a literatura al bertiana no que tange a sua errância, e ao seu erotismo em meio ao comportamento contracultural do autor. Para isso, foram revisitados trechos dos livros À procura do vento num jardim d’agosto (1977) e Meu fruto de morder, todas as horas (1979). Em perspectiva comparatista com a poesia satírica - Nostro, Senhor, com’eu ando coitado do trovador Martim Soares e entre outros exemplos da poesia medieval, satírica, erótica e nômade dos goliardos. O desregramento da vida social, a rebeldia, o erotismo, a burla e o nomadismo serão observados, salientando também o quão foi e é presente a poesia medieval, a sua importância, a sua reflexão e fusão ao meio artístico-social-cultural em tempos atuais. Outros autores e seus respectivos textos foram aqui também revisitados como forma de contextualização teórica da escrita, como, por exemplo, Uma estadia no inferno, Poemas escolhidos e A carta do vidente de Arthur Rimbaud (2003); Mil Platôs de Deleuze e Guattari (1995); A noite dos espelhos de Manuel de Freitas (1999); e, Charles Baudelaire de Walter Benjamin (1994).
Palavras-chave: Poesia medieval; Errancia; Al Berto; Martim Soares; Goliardos