OS INTELECTUAIS NA OBRA DE GUSTAVO BARROSO
ENTRE A AGÊNCIA E A TRAGÉDIA (1930-1937)
Abstract
Este trabalho tem por objetivo fornecer uma breve investigação a respeito da figura do intelectual nas obras de Gustavo Barroso (1888-1959) produzidas entre 1930, quando Vargas chega ao poder, e 1937, ano em que se estabelece o Estado Novo e se coloca o Integralismo, do qual Barroso era destacado militante, na ilegalidade. Para tanto, realiza-se uma investigação a respeito do que caracterizaria o intelectual e a intelligentsia na modernidade capitalista, bem como de que maneira esse campo teria se configurado no Brasil do século XX. Ademais, realiza-se uma análise de textos barroseanos que passa por um corpus variado e que compreende ficção, doutrina e publicação jornalística, a fim de explorar a caracterização que Barroso faz dos intelectuais, conferindo-lhes feições prometeicas e, ao mesmo tempo, nuances trágicas. Em termos teóricos, a análise ancora-se nas contribuições de Alvaro Bianchi e José Luís Beired, intérpretes da tradição materialista de Marx, Engels e Gramsci; ademais, já em termos mais próximos aos propostos pela sociologia de Pierre Bourdieu, busca-se referência nos estudos de Sergio Miceli.