A ERRÂNCIA EM PERSPECTIVA NO "PRIMEIRAS ESTÓRIAS" DE GUIMARÃES ROSA
Résumé
O objetivo deste artigo é refletir sobre as possibilidades de pesquisa que integram os campos da Literatura, Comunicação e Estética, desenvolvendo uma abordagem teórico-metodológica a partir da convergência dessas áreas. Para isso, realizamos uma análise do conto "As margens da Alegria", presente no livro Primeiras Estórias (1962) de Guimarães Rosa. O escritor promove uma literatura que aborda tanto o verbal quanto o não-verbal, permitindo a integração de perspectivas de áreas coexistentes. Em consonância, ompreendemos os aspectos da errância como uma emoção, o ser errante seria sinônimo travessia, passagem e deslocamento, possibilitando uma interpretação estética-literária desse tema. A metodologia de análise se baseia nas noções de Paola Berenstein Jacques (2012), Merleau-Ponty (1999), Didi-Huberman (2016) e Edgar Morin (2017), bem como em estudos literários de Antonio Candido (2002) e Alfredo Bosi (2021). Como resultado, foram identificadas importantes abordagens de leitura desse conto, por meio de noções e percepções que permitem a integração da literatura e da comunicação em diversas metodologias.