“O GIGANTE ACORDOU” ENQUANTO MITO NO IMAGINÁRIO NACIONAL

Autores

  • Ademilton dos Santos Prada

Resumo

O presente trabalho resulta de uma pesquisa qualitativa na área de Análise de Discurso de tradição francesa pecheutiana, baseada nos pressupostos teóricos de formação discursiva [Pêcheux (2009)], sujeito [Pêcheux (2009); Orlandi (1999)] e memória discursiva [Pêcheux (1999); Orlandi (1999; 2009); Indursky (2009)]. O seu objetivo principal consistiu em identificar os deslizamentos de sentido do enunciado “O Gigante Acordou” em fatos ocorridos em momentos distintos da história nacional. Para tanto, foram levantadas as condições de produção deste enunciado no imaginário nacional: primeiro, através de um olhar recuado sobre as menções do enunciado “gigante adormecido” na literatura e na historiografia brasileiras do século XIX, assim como em sua alusão no Hino Nacional, escrito já no século XX; segundo, através de um olhar sobre o ressurgimento do enunciado “o gigante acordou” em determinados períodos dos séculos XX e XXI, a exemplo de uma publicação da Revista Tico-Tico, durante Estado Novo, entre 1937 e 1945; de um cartaz, durante a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em 1964; de uma campanha publicitária realizada pela empresa Johnnie Walker em 2011; assim como nos protestos de rua ocorridos em junho de 2013, quando tal enunciado se transformou em uma palavra-de-ordem bastante difundida, tanto na internet, quanto nas ruas de diversas cidades do país. 

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Publicado

2022-01-08

Como Citar

Prada, A. dos S. (2022). “O GIGANTE ACORDOU” ENQUANTO MITO NO IMAGINÁRIO NACIONAL. Revista Inventário, (17). Recuperado de https://periodicos.ufba.br/index.php/inventario/article/view/15264

Edição

Seção

Artigos