ELEMENTOS NÃO VERBAIS NO PROCESSO DE REFERENCIAÇÃO
Resumo
Este artigo propõe realizar Uma releitura da linguística textual: da fase transfrástica ao momento sociocognitivista, objetivando destacar algumas das suas lacunas, ligadas em especial à concepção de texto, o seu objeto de estudo que, apesar dos seus avanços inscritos no seu momento sociocognitivista, ainda se volta exclusivamente para a linguagem verbal, excluindo, de forma incisiva, os signos não verbais. Para tanto, tem como alicerce teócori a Linguística Textual (LT), pautada, sobremodo, nas reflexões do filósofo russo Bakhtin (2003), para o qual "a comunicação verbal é sempre acompanhada por atos sociais de caráter não verbal (gestos do trabalho, atos simbólicos de um ritual, cerimônias, etc.) [...]. Assim, pretendemos desenvolver algumas considerações sobre a referenciação, instaurada na LT a partir da década de 90 do século XX, que, embora tenha trazido contribuições basilares à ciência do texto, as suas análises demonstram ainda um apego ao código verbal; para minimizar essa lacuna, sugerimos ampliá-la, denominando-a de "Referenciação semiotizada", no sentido de também considerar os signos não linguísticos no processo de referenciação.