CONTEMPLAR A EXTERIORIDADE ATRAVÉS DOS MÚLTIPLOS OLHARES DE ANDY WARHOL

Autores

  • Tiago Luís Minau Ramos Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, Departamento de Estudos Comparatistas

Palavras-chave:

Andy Warhol, Pop Art, Cinema, Exterioridade, Representação

Resumo

Andy Warhol, uma das figuras centrais da pop art nos Estados Unidos da América, conquistou notoriedade na década de sessenta na esfera das artes plásticas. As suas peças serigráficas, que têm por base imagens de campanhas publicitárias, eram reproduzidas em massa por meio de mecanismos industriais. À vista disso, Warhol reivindicava uma arte que se inscrevia no seio da cultura de massas, questionava conceitos de originalidade na produção artística e desenvolvia um trabalho imagético que visava esvasiar o referente de qualquer significação através da sua reprodução massissa. Contudo, as problemáticas supramencionadas estendem-se, de igual modo, à sua vasta produção cinematográfica, nomeadamente aos screen tests realizados por Warhol entre os anos de 1964-1966. Tendo como objeto de investigação os screen tests de Andy Warhol, este artigo tem como proposta examinar a maneira como tais registos fílmicos aprofundam questões que se prendem com o apagamento do gesto do artista; com a (des)significação dos referentes reais que se encontram diante das lentes da câmara; e com a relação que a arte estabelece com a cultura de massas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tiago Luís Minau Ramos, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, Departamento de Estudos Comparatistas

Departamento de Estudos Comparatistas

Linha de pesquisa: Estudos Fílmicos; Literatura Comparada

Referências

ANDERSON, Perry. As origens da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 1998.

BARTHES, Roland. La chambre Claire: Note sur la photographie. Paris: Gallimard, 1980.

BARTHES, Roland. "That Old Thing, Art". In: TAYLOR, Paul (Org.). Post-Pop. Cambridge: MIT Press, 1989, p. 25-26.

BAUDRILLARD, Jean. “A arte da desaparição”. In: MACIEL, Kátia. A arte da desaparição. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997, p. 178-198.

BERG, Gretchen. “Andy: My True Story”. Los Angeles Free Press, vol. 4, n. 139, p. 3, 1967.

BERGIN, Paul. “Andy Warhol: The Artist as Machine”. Art Journal, vol 26: No.4, p. 359-363, 1967. Disponível em:

< https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/00043249.1967.10793784?journalCode=rcaj20>. Acesso em; 28 de jul. 2020.

JAMES, David E. “The Producer as Author”. In O’PRAY, Michael. Andy Warhol: Film Factory. Londres: BFI, 1989, p. 136-145.

FOSTER, Hal. The Return of the Real: The Avant-Garde at the End of the Century. The MIT Press, Cambridge Massachusetts, 1996.

SHORR, Catherine O’Sullivan. Speeding into the Future: The Amphetamine-Fueled Generation (Andy Warhol's Factory People Book 2). Nova Iorque: Open Road Media, 2015

WARHOL, ANDY. POPism: The Warhol Sixties. Londres: Penguin Modern Classics, 2007.

WEINGART, Brigitte. "That Screen Magnetism": Warhol's Glamour. October, vol. 132, p. 43-70, 2010. Disponível em:

https://www.jstor.org/stable/20721276?seq=1. Acesso em: 5 de ago. 2020.

Downloads

Publicado

2020-12-30

Como Citar

Minau Ramos, T. L. (2020). CONTEMPLAR A EXTERIORIDADE ATRAVÉS DOS MÚLTIPLOS OLHARES DE ANDY WARHOL. Revista Inventário, (26), 89–101. Recuperado de https://periodicos.ufba.br/index.php/inventario/article/view/38301

Edição

Seção

Artigos