ESPECT-ATRIZES: cruzamentos entre Teatro do Oprimido, Neurociência e Estudos de Recepção
Palavras-chave:
Neuropsicologia e Neurociência, Ciência e Tecnologia das ArtesResumo
Este artigo apresenta uma revisão bibliográfica, trazendo uma reflexão sobre o cruzamento entre Estudos de Recepção teatral, em uma perspectiva neurocientífica, com práticas artísticas e pedagógicas do Teatro do Oprimido (Boal, 1993), de modo a contribuir de forma robusta com os estudos sobre o impacto dessas práticas em seus participantes, sejam eles artistas criadores ou espect-atores. A construção do artigo revisita a bibliografia sobre o tema, analisa um workshop realizado na Universidade Católica Portuguesa e elenca metodologias possíveis de Estudos de Recepção em teatro para tais fins, partindo de uma pesquisa maior em andamento. Nota-se que, apesar de palavras como “opressão” e “empoderamento” aparecerem com frequência em estudos, faz-se necessário aqui refletir sobre seus significados, de modo a diferenciá-los do uso comum e cotidiano e mesmo de suas apropriações pelo neoliberalismo. Partimos da discussão levantada pela teórica Liz Tomlin (2019) de que devemos buscar um caminho artístico em que ainda podemos criar espetáculos politicamente empenhados sem, no entanto, deixar de respeitar as subjetividades da espectatorialidade, ou a Emancipação do Espectador (Rancière, 2019). Consideramos também os estudos de Flávio Desgranges (2020), que define como essencial o espectador, para que sejam efetivadas transformações no teatro, uma vez que não há teatro sem espectadores. Concluímos que a neuropsicologia e a neurociência, além dos estudos em empowerment, mostram ferramentas que podem ser fortes aliadas em workshops e práticas artísticas baseadas na estética do Oprimido. PALAVRAS-CHAVE: Estudos de Recepção. Práticas Artísticas. Teatro do Oprimido. Neuropsicologia e Neurociência.
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